CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Headset de realidade virtual 8K tem ângulo de visão quase igual ao olho humano

pilma2Por Filipe Garrett, 04/10/2017 - O Pimax 8K promete ser o primeiro headset de realidade virtual em 8K. O display de altíssima resolução não é um superlativo gratuito, já que o aumento considerável na resolução bruta da tela pode contribuir para a eliminação do chamado “screendoor effect”: a percepção de pixels individuais nas imagens, que além de comprometer a imersão durante o uso, pode levar a dores de cabeça. O projeto está disponível no site de financiamento coletivo Kickstarter.

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A alta resolução do dispositivo é considerada a partir da soma do total de pixels dos displays usados: são duas telas 4K, uma para cada olho. Outro fator importante do projeto da Pimax é o aumento do ângulo de visão, chegando a 200 graus. Para você ter uma ideia, nossos olhos funcionam com um campo de visão de 220 graus. Como você pode ver na imagem abaixo, o aumento considerável do total de pixels dá ao Pimax qualidade de imagem perceptivelmente superior.

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Entretanto, o potencial de qualidade de imagem e de performance dos óculos pode ser comprometido se o seu computador tiver especificações modestas. Assim como os rivais Oculus e HTC Vive, o Pimax 8K possui controles por movimento e acessórios para experiências ainda mais imersivas. Além disso, o Pimax é compatível com o Vive Lighthouse, conjunto de sensores de movimento do HTC Vive.

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Em termos de conteúdo, o Pimax funciona com títulos vendidos via Steam. Interessados no produto têm diversos pacotes para considerar. Quem achar o Pimax 8K muito caro pode, inclusive, investir na versão 5K, que ainda assim oferece telas de resolução bem maior do que os rivais Oculus e Vive. O Pimax 5K sai por US$ 349 (R$ 1.100, em conversão direta). O pacote mais barato do Pimax 8K disponível no momento fica em US$ 499 (R$ 1.575). Em qualquer um dos casos o frete é de US$ 80 (R$ 252) e as entregas começam em janeiro de 2018.

 

ENTRE OS ÓCULOS DE VR, A PIMAX QUER SE DIFERENCIAR COM RESOLUÇÃO 8K

 

Por Renato Bazan - Na corrida cada vez mais intensa de competidores entre visores de Realidade Virtual, todo dia surge um novo oponente com algum diferencial. Em janeiro deste ano, durante a CES 2017, foi a vez da Pimax.

A empresa já era conhecida entre os entusiastas da VR por ter criado um óculos para celular, similar ao Gear VR da Samsung, mas com resolução 4K. Nesta edição da Consumer Electronics Show (CES), maior feira de tecnologia do mundo, ele deram um passo além: Apresentaram um novo aparelho com 4K por olho (3840×2160 de cada lado), e um campo de visão de 200º – muito maior do que os 120 graus do Oculus Rift. O capacete ainda não tem nome.

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O novo modelo da Pimax terá uma latência de 18 milissegundos, algo particularmente benéfico para suas capacidades de mapeamento de posição. A tecnologia de rastreamento será feita com acessórios que misturam o conceito de canhões infra-vermelhos do Vive com a solução por câmeras do Rift.

De acordo com a empresa, a tecnologia dos monitores será o LCD tradicional, o que pode gerar certa desconfiança entre potenciais compradores. Entre outros obstáculos, esse tipo de tela sofre com o problema do “ghosting” (manchas temporárias que surgem com movimentos rápidos), alta persistência de imagem e taxas de contraste muito inferiores às alternativas. A Pimax diz que isso não será um problema, por ter inventado novas formas de usar o LCD.

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Um outro problema que pode surgir com um aparelho tão ambicioso, embora não seja diretamente relacionado ao visor, é encontrar um computador com capacidade para fazê-lo funcionar de forma eficiente. Que tipo de placa de vídeo o usuário precisaria ter para rodar um software com 8K de resolução a 90 quadros por segundo? Nem mesmo as melhores placas do mercado conseguiriam boa performance.

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O fato de estarmos vendo novas empresas entrando na arena da Realidade Virtual é sempre positivo, mas com novos saltos é preciso controlar o otimismo. Em 2015, uma outra empresa, a Starbreeze Studios, tentou inaugurar o ramo dos óculos super-wide com o StarVR, um aparelho com 5K de resolução em 210º de cone de visão. Apesar da empolgação, o visor encontrou tantos problemas de produção e usabilidade que acabou em algum canto escuro em menos de um ano. Vamos torcer para que o caso aqui seja outro.

 

Fonte: https://www.techtudo.com.br
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