CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Estudo diz que trabalhar mais de 39 horas mensais não é saudável

tramal1Segundo uma nova pesquisa da Universidade Nacional Australiana, trabalhar mais do que 39 horas por semana coloca a saúde em risco. Esse deveria ser o limite de horas semanal no emprego para uma vida saudável, em vez do limite de 48 horas estabelecido internacionalmente cerca de 80 anos atrás. A pesquisa usou dados de cerca de 8.000 adultos australianos como ...

parte do levantamento HILDA (Household, Income and Labour Dynamics in Australia) realizado no país. De acordo com o Dr. Huong Dinh, pesquisador-chefe do Centro de Pesquisa de Saúde Populacional da Universidade, as longas horas são um problema maior para as mulheres, que fazem mais trabalho não remunerado em casa.

Leia também - A Teoria dos Camos Mórficos - Parte 1

“Longas horas de trabalho corroem a saúde mental e física de uma pessoa, porque deixa menos tempo para comer bem e cuidar de si própria adequadamente”, explica. Para as mulheres, quando seus outros compromissos são levados em conta, o limite de trabalho saudável é de 34 horas por semana. Já para os homens, o limite de trabalho saudável é de até 47 horas por semana, em geral, porque eles gastam muito menos tempo com cuidados e/ou trabalho doméstico do que as mulheres.

“Apesar do fato de que as mulheres são, em média, tão habilidosas quanto os homens, elas têm, em média, empregos menos remunerados e menos autonomia, e gastam muito mais tempo nos cuidados e no trabalho doméstico”, disse Dinh. “Dadas as demandas extras colocadas sobre as mulheres, é impossível para elas trabalhar as longas horas esperadas por seus empregadores sem comprometer a sua saúde”.


Trabalhar demais faz mal à saúde

trama2


2014 - Nova medida para reduzir riscos de doenças: trabalhar menos. Presidente da Faculdade de Saúde Pública do Reino Unido, John Ashton, garante que expediente de quatro dias por semana seria capaz de diminuir os níveis de estresse e complicações mais graves como hipertensão.

O médico ressalta que tornar a semana de trabalho mais curta liberaria os trabalhadores para passar mais tempo em família e para fazer exercícios físicos, o que poderia reduzir a pressão arterial.

“O estresse a que são submetidas e as consequentes faltas no trabalho por doença são o maior problema das pessoas hoje”, disse, em entrevista ao periódico ‘The Guardian’. Especialistas confirmam que o estresse tem o potencial de afetar o metabolismo.

tramal2

Marcia Bandini, da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, explica que um quadro crônico de estresse — jornadas muito longas, mau relacionamento com a equipe, trabalhar sob pressão — é um dos fatores que podem levar à hipertensão e ao diabetes. Isso porque a repetição dessas situações provoca alteração hormonal e no sistema de defesas do corpo, o que reflete na pressão arterial.

Leia também - Cidades Subterrâneas: a Urbanização do Futuro!!!

“No caso do diabetes, algo parecido ocorre, e o aumento da produção do hormônio cortisol, que eleva a quantidade de açúcar no sangue, pode desencadear o problema”, explicou Marcia, acrescentando que outros fatores também podem ser causas da doença (genética, má alimentação, sedentarismo e obesidade).

Para a especialista, não conseguir conciliar vida profissional e pessoal também contribui para aumentar os níveis de estresse. “Ter atividades culturais, hobbies serve como um fator de ‘descompressão’ para as tensões”, conclui.

Escalas mais flexíveis

tramal3

Como nem todos podem trabalhar quatro dias por semana, a especialista Márcia Bandini destacou algumas dicas para que os trabalhadores consigam manter a saúde mental e física. Usar o banco de horas para tirar folgas em dias estratégicos para ter contato com a família e negociar com o chefe escalas de trabalho mais flexíveis podem dar uma trégua para o trabalhador, o que refletirá em sua qualidade de vida. Uma orientação simples que pode evitar grandes complicações é ter atenção aos sinais do corpo, como enxaqueca, dor de estômago e irritabilidade. Esses podem ser indícios de que a pessoa está indo além da sua capacidade.

Fonte: http://odia.ig.com.br
           http://hypescience.com