CIÊNCIA E TECNOLOGIA

IBM WATSON - O futuro é AGORA !!

ibmfu topoWatson é um sistema de perguntas e respostas (QA) construido pela IBM para o processamento avançado de linguagem natural, recuperação de informação, representação de conhecimento, raciocínio automatizado e tecnologias de aprendizado de máquinas. De acordo com a IBM, "Mais de 100 técnicadas diferentes são utilizadas para analisar a linguagem natural, identificar origem, localizar e gerar hipóteses, localizar e marcar evidências e juntar e rankear hipóteses." Em 2011, ele venceu os dois melhores jogadores humanos do programa Jeopardy, um game show da TV americana. Em 2014, o supercomputador será usado no New York Genome Center (EUA), onde irá fornecer tratamento personalizado a pacientes com câncer no cérebro.

Em Novembro de 2014 o presidente da IBM Portugal, António Raposo de Lima afirmou que o Watson, que é fluente em tratamento e validação de dados e de reconhecimento da linguagem natural e, ainda irá ter a versão em português o que fará com que a maquina se comunique com o pessoas que utilizam esta língua.

O Watson usa o software IBM DeepQA e o framework Apache UIMA (Unstructure Information Management Architeture). O sistema foi escrito em diversas linguagens de programação, incluindo Java, C++ e Prolog, e roda no sistema operacional SUSE Linux Enterprise Server 11 utilizando o framework Apache Hadoop para a computação distribuida.


Watson: o desafio de todos os tempos

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Os grandes desafios incentivam a comunidade das ciências da computação a explorar novos limites. Esses desafios derrubam fronteiras e conduzem a transformações na indústria de TI, que se traduzem em um planeta mais inteligente.

Qual é o próximo desafio? Um computador que possa compreender e responder à linguagem humana, que mude a forma como interagimos com as máquinas. Watson, o sistema da IBM desenhado para responder às perguntas de um dos programas de televisão americanos mais importantes chamado Jeopardy!, representa uma revelação no processamento da linguagem e a analítica. O Watson competiu contra dois dos campeões do Jeopardy! mais famosos e bem-sucedidos do mundo, Ken Jennings e Brad Rutter, em um concurso de duas instâncias que foi transmitido durante três noites consecutivas desde 14 de fevereiro de 2011 na TV americana.

O Watson é o símbolo de uma nova era de cargas de trabalho de computação mais inteligentes e executa software IBM DeepQA desenvolvido pela IBM Research em um sistema de cargas de trabalho otimizado, baseado em processadores POWER7. O Watson respondeu as perguntas do Jeopardy! em menos de três segundos, usando cargas do processador POWER7 rodando maciçamente em paralelo, para executar simultaneamente centenas de tarefas complexas.

Watson usa sistemas POWER7 disponíveis no mercado, que atualmente as empresas implementam para executar sistemas otimizados de cargas de trabalho e desempenhar diferentes funções, desde análise complexa até processamento de transações. Assista aos vídeos e saiba como estas empresas usam os sistemas otimizados de cargas de trabalho.

A Rice University, uma universidade dos Estados Unidos, usa sistemas otimizados de cargas de trabalho baseados em POWER7 para, por exemplo, compreender melhor as causas que originam o câncer e outras doenças, e obter um enfoque agilizado da computação de investigação compartilhada em tempo real. Esses sistemas proporcionam maior flexibilidade e eficiência na análise de uma ampla variedade de problemas, e podem administrar altos níveis de processamento paralelo de dados como seqüências genômicas, desdobramento de proteínas e modelagem de medicamentos. Para os investigadores da Rice University, não se trata simplesmente de um servidor mais versátil, mas sim representa um grande avanço no estudo do câncer.

Uma empresa despachante aduaneira do Canadá, a GHY International, usa o sistema otimizado de cargas de trabalho POWER7 para administrar seu próspero negócio de serviços de comércio internacional e consultoria. A GHY se dedica a apoiar seus clientes na compra e venda de mercadorias internacionais e usa sistemas POWER7 para ajudar seus clientes a administrarem artigos de comercialização internacional em temas relacionados como o cumprimento e a gestão de riscos em tempo real, economizando tempo e dinheiro, ao confeccionar mais rapidamente a documentação alfandegária requerida.


Watson, o fascinante computador da IBM que venceu os humanos

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2012, por Maurício Grego - O computador Watson, da IBM, entrou para a história da inteligência artificial ao derrotar oponentes humanos no programa de TV Jeopardy, de perguntas e respostas, em 2011. Agora, Watson usa sua inteligência no diagnóstico do câncer e em análises financeiras.

Jim de Piante, que atuou como gerente de projeto no desenvolvimento do Watson, conversou com EXAME.com durante uma visita a São Paulo nesta semana. Ele falou sobre o a criação do Watson, sua preparação para competir no Jeopardy e o futuro dessa tecnologia. Leia a entrevista a seguir.

EXAME.com – O que o Watson faz agora, um ano e meio depois do Jeopardy?

Jim de Piante – O Jeopardy foi interessante para demonstrar a capacidade do sistema e para forçar um desenvolvimento rápido da tecnologia. Mas o objetivo mais importante do Watson é encontrar respostas para qualquer pergunta analisando uma massa de dados em linguagem natural.

Há uma variedade de aplicações nas áreas de medicina, comércio, finanças. E temos um programa chamado Ready for Watson para empresas que querem organizar informações de modo que possam ser analisadas pelo Watson. Muitas novas aplicações vão surgir daí.

EXAME.com – Qual é o próximo passo?

Jim de Piante – A IBM criou uma divisão para oferecer soluções baseadas no Watson em medicina e finanças. Uma das primeiras aplicações é voltada para diagnóstico do câncer e recomendação de tratamentos. Temos um convênio com o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York, para isso. Eles têm uma imensa base de dados com o histórico de muitos pacientes. O Watson analisa essas informações e ajuda os médicos a explorá-las.

EXAME.com – Qual será a próxima grande disputa entre humanos e máquinas?

Jim de Piante – Há um desafio em que um computador vai competir com humanos tocando piano. Pode ser o próximo marco nessa disputa. Esse projeto não é da IBM Research, mas é fascinante. Há quem diga que o computador nunca terá a emoção e a paixão de um humano. Mas o pianista só pode expressar esses sentimentos por meio dos sons que produz. E tenho certeza de que esses sons podem ser sintetizados pelo computador.

EXAME.com – A tecnologia do Watson vai permitir que as pessoas conversem com carros e dispositivos móveis?

Jim de Piante – A maneira como o Watson entende as frases é analisando uma quantidade massiva de informações e estabelecendo relações entre elas. Há um processo de aprendizado de máquina que o leva a perceber o que cada pergunta significa. Isso é muito mais complexo do que simplesmente reconhecer palavras faladas.

Um sistema de reconhecimento de voz não tem essa inteligência. Ele converte as palavras em texto, mas não sabe o que esse texto significa. A grande diferença entre o Watson e a Siri (da Apple) é que o Watson pode responder a qualquer pergunta sobre qualquer assunto. E, na maior parte do tempo, ele acerta.

Já um sistema de comando por voz para automóveis, por exemplo, só precisa lidar com um pequeno número de potenciais perguntas. E essas perguntas são previsíveis. Isso não exige, nem de longe, o nível de sofisticação do Watson.

EXAME.com – O enorme poder de processamento exigido é um obstáculo ao uso do Watson em dispositivos pessoais?

Jim de Piante – Não. O Watson é um sistema que responde perguntas. Tanto a entrada como a saída desse sistema – a pergunta e a resposta – são sequências de caracteres simples. Não precisamos carregar o computador conosco. Podemos usá-lo à distância por meio de um smartphone. Basta transmitir a pergunta pela internet e receber a resposta pelo mesmo caminho.

E o hardware também fica menor e mais poderoso com o passar do tempo. Quando o Watson foi construído, ele exigiu 10 gabinetes, cada um do tamanho de um refrigerador. Meses depois, já seria possível construí-lo com um quinto desse tamanho.

Outro detalhe é que, se conseguimos reduzir à metade a quantidade de informação que o Watson vai analisar, podemos trabalhar com menos da metade do poder computacional. O Watson tinha de ser muito poderoso porque ele deveria responder a perguntas sobre qualquer assunto no Jeopardy. Se tivermos um escopo de perguntas reduzido, como num call center, o poder computacional exigido será muito menor.

EXAME.com – Quem teve a ideia de criar um computador para competir no Jeopardy?

Jim de Piante – Em novembro de 2004, Charles Lickel, um executivo da IBM Research, estava jantando num restaurante em Nova York quando várias pessoas começaram a se levantar e ir ao bar anexo, onde havia um televisor. Elas queriam ver o campeão Ken Jennings em sua trajetória vencedora no Jeopardy.

Impressionado pela cena, Lickel propôs o desenvolvimento de um computador para competir no Jeopardy. Seria uma continuação do que a IBM tinha feito com o Deep Blue, o computador que derrotou Gary Kasparov no xadrez em 1997.

Era um enorme desafio. O computador teria de entender a linguagem humana e responder a qualquer pergunta com rapidez. Sua missão seria vencer os melhores competidores humanos. A ideia de Lickel encontrou muita resistência. Alguns achavam que não era possível. Outros argumentavam que o xadrez, um jogo sofisticado, combinava com a IBM, mas um programa de TV não.

Mas Paul Horn, que dirigia a IBM Research, gostou da ideia e levou-a a David Ferrucci, que aceitou a missão de montar um time para realizá-la. O desenvolvimento começou em 2007. Em 2008, nós assumimos o compromisso de competir no Jeopardy em 2011. Tivemos pouco mais de três anos para concluir o projeto.

EXAME.com – Quantas pessoas trabalharam no Watson?

Jim de Piante – O time de cientistas que desenvolveram o software tinha 25 pessoas, a maioria da IBM. Mas algumas eram de outras instituições de pesquisa. E havia muitas outras pessoas encarregadas de outros aspectos, como marketing, gerenciamento e os contatos com a produção do Jeopardy.

EXAME.com – O Watson é só software? Ou o hardware também é específico dele?

Jim de Piante – O hardware foi otimizado para que o Watson pudesse responder às perguntas rapidamente. Mas o Watson, em si, é software.

EXAME.com – Como vocês montaram a base de conhecimentos para o Jeopardy?

Jim de Piante – Obviamente, não podíamos colocar tudo nessa base. Há um volume ideal de dados. Acima dele, quando se acrescentam mais informações, o retorno é cada vez menor porque começa a haver muita repetição. Além disso, ampliar a base de conhecimento aumenta radicalmente as exigências de poder computacional.

A ideia era otimizar a base. O grupo acrescentava um novo lote de informações e, em seguida, rodava um conjunto de perguntas para avaliar o efeito do acréscimo. Se o grupo constatasse que as respostas do Watson haviam melhorado, esse lote de informações era mantido. Se tivessem piorado, ele era removido.

EXAME.com – O Watson errou algumas perguntas…

Jim de Piante – Sim. Isso foi embaraçoso. Como exemplo, há uma falha que os brasileiros vão entender melhor que os outros povos. A categoria era “pais” e, a pista, “o pai da bacteriologia”. A resposta, é claro, é o cientista francês Louis Pasteur. Mas Watson achou que a questão estava ligada a um filme brasileiro (dos anos 70) chamado “Como era gostoso meu francês”. Acabou dando uma resposta sem sentido.

EXAME.com – O Watson vai entender outras línguas, além do inglês?

Jim de Piante – Sem dúvida. No momento, Watson só entende inglês. Mas deveria entender português também. Isso vai levar algum tempo e depende de cada país, do interesse em usar essa tecnologia em outras línguas. Depende de considerações de marketing e de negócios.

EXAME.com – Que outros aperfeiçoamentos vocês pretendem fazer?

Jim de Piante – Nosso desafio, no momento, é encontrar empregos de verdade para o Watson, onde ele realmente seja útil e ajude às pessoas. O desafio seguinte é fazê-lo entender outros idiomas. Mas a parte mais difícil já foi feita. Agora, é só uma questão de transferência de conhecimento. Para que o Watson trabalhe em outra língua, precisamos construir um repositório de informações nessa língua. Então, teremos de assegurar que os algoritmos funcionem bem naquele idioma. Isso vai exigir o trabalho de pessoas que sejam falantes nativos dessa língua.


No Brasil, líder do IBM Watson traça rumos da computação cognitiva


Por Felipe Dreher, 16 de Maio de 2016 - As transformações trazidas por máquinas inteligentes e algoritmos estão apenas no começo. Gigantes como Amazon, Facebook, Google, IBM e Microsoft apostam suas fichas na evolução do conceito, que deve ser um ponto de inflexão no horizonte da tecnologia da informação.

“O impacto anual gerado pelo desperdício de recursos no mundo é de US$ 2 trilhões. Olhando para isso, é inegável o potencial trazido por ferramentas de inteligência artificial na criação de negócios mais efetivos, reduzindo gastos e tornando estruturas mais eficientes”, comenta David Kenny, general manager responsável pelo Watson.
O executivo se uniu à Big Blue com a compra da Weather Company. Em visita ao país, ele reservou uma hora em sua agenda para conversar com Computerworld Brasil. Na entrevista, deu alguns direcionamentos com relação a sua visão de futuro para a computação cognitiva.

“O Watson não dará respostas, mas ajudará a formular as questões certas para que os humanos encontrem melhores soluções”, defende Kenny. “Ele vai ser parte do processo criativo”, projeta, sobre o que enxerga com relação ao futuro de sistemas de inteligência artificial. Em outras palavras, o executivo não acredita que a tecnologia encontrará a cura do câncer, mas ajudará a economizar tempo e a direcionar as pesquisas dos cientistas. Com o uso da inteligência artificial, as pessoas terão tempo para ir mais a fundo em diversas disciplinas do conhecimento.

Mas isso pode acarretar na substituição de milhões de trabalhadores por robôs, não? Kenny reconhece que há uma responsabilidade de governos e fornecedores de tecnologia para encontrar o ritmo da revolução trazida pelas máquinas. “A tecnologia vai criar empregos mais intelectuais, mas é preciso ter cuidado com a velocidade da evolução”, afirma.

O diretor listou três frentes onde enxerga que o Watson tem grande potencial de disrupção. A primeira área é a de serviços que exigem interação com clientes, a exemplo do projeto que vem sendo tocado pelo Bradesco em sua área de call center. Outras empresas devem adotar a tecnologia no futuro, uma vez que o computador “não fica cansado, nunca dorme e não cobra por hora extra”, cita.

Outro segmento é de cumprimento de políticas e compliance, ajudando empresas a preparar e seguir regras pré-estabelecidas e evitar irregularidades. Por fim, o executivo afirma que há imenso potencial de aplicação da solução em temas relativas a analise de riscos, usando como base dados e variáveis para criar cenários preditivos.

Novo modelo

A IBM já possui diversos clientes para o Watson. No Brasil, a lista de casos públicos contempla nomes como Bradesco e Mecasei. Sem revelar detalhes, o diretor afirma que a empresa trabalha junto outras empresas em território nacional. Um dos planos é criar conhecimento em verticais para ajudar a disseminar a tecnologia.

Kenny afirma que muitas empresas analisam casos específicos para ver como a plataforma pode contribuir com seus negócios. “O momento é de ganhar tração”, sintetiza. Nesse processo, o executivo afirma que os líderes corporativos de TI precisam acompanhar de perto a tendência e assumir um papel de habilitador de novos conceitos.

“A inteligência artificial vai criar uma fusão maior entre tecnologia, negócios e clientes das empresas. Por isso, as decisões têm que ser conectadas e a tarefa do CIO é orquestrar esse processo de forma fluida de forma que coloque a companhia em posição de destaque na próxima revolução industrial”, conclui.


Fonte: https://pt.wikipedia.org
           http://www-03.ibm.com/
           http://exame.abril.com.br/
           http://computerworld.com.br/