HISTÓRIA E CULTURA

O Segredo das Sete Irmãs, a Vergonhosa História do Petróleo - Parte 2

petro topo2Mas a onda de choque criada por Mossadegh avançou em direção ao Suez. O Egito nunca beneficiara da enorme receita gerada pelo Canal partilhada por França e Grã-Bretanha. No dia 26 de julho de 1956, o presidente Nasser declarou a nacionalização do Canal.  Uma coligação britânica francesa e israelita, atacou o Egito.

Port Said, na entrada do Canal, foi bombardeada e as forças egípicias esmagadas.  Nasser afundou navios cheios de betão no Canal e todo o tráfego foi bloqueado. Sob pressão americana e soviética, as forças anglo-francesas foram obrigadas a retirar. Para Nasser, uma derrota militar tornou-se uma vitória política. O nasserismo e o Nacionalismo Árabe nasceram nas margens do Canal do Suez. Ao contrário do petróleo no Irã, a nacionalização do Canal de Suez foi um êxito. E isso também teve um profundo impacto. Era possível ter êxito, opor-se aos países ocidentais e, em certos casos, ser mesmo bem sucedido.

Foi uma vitória política para os países árabes, mas uma vitória econômica para as empresas petrolíferas. O encerramento do Canal provocou um aumento substancial do preço do crude e enormes lucros para as Sete Irmãs. O aumeto permitiu-lhes construir uma nova geração de navios: Superpetroleiros. E o Cabo da Boa Esperança fornou-se a nova rota marítima para o transporte de petróleo.

Bagdá, traduzível com "o jardim da paz". Nesta cidade devastada, dividida e esgotada, percorro o meu caminho entre veículos blindados e soldados. Para os cidadãos de Bagdá, não existe guerra nem paz, mas sim algo pior, um quotidiano de pesadelo! Uma vida de incerteza. Foi aqui nas margens do Tigre que as Sete Irmãs pagariam pelos seus pecados: vaidade e ganância.

As irmãs foram gananciosas. Apesar do caos causado pela crise do Suez, Shell e BP decidiram cortar em 9% o preço de compra do petróleo, sob o pretexto de sobreprodução. Foi o primeiro erro das Sete Irmãs. No dia 10 de setembro de 1960, Perez Alfonso, pela Venezuela, Tariki, pela Arábia Saudita e representantes do Iraque, Irã e Kuwait reuniram-se em Bagdá. Após quatro dias de debate, concordaram em fundar a OPEP, a Organização dos Países Produtores de Petróleo. O seu objetivo? Fixar coletivamente o preço de venda do seu petróleo.

Cheikh Zaki Yamasi, ex ministro, petróloe Sautida 1962-1986: "Isto é a arrogância do poder. Bem, os países ocidentais não acreditavam muito que aquela pequena organização viesse a ser poderosa. Por isso, ignoraram-na. E as empresas petrolíferas, com todo o seu poder, também a ignoraram. Não só ignoraram, como se recusavam a mencionar a palavra OPEP. E tenho a certeza que os EUA estavam a trabalhar muito arduamente para convencer alguns paises do Golfo a não se unirem àquilo. Incluindo a Arábia Saudita."

O ocidente recebeu a criação da OPEP com indiferença, ceticismo e desdém. o Washington Post escreveu: "OPEP, um beligerante conglomerado de emirados que monta a camelo." O desrespeito descarado do ocidente desagradou ao novo líder do Iraque, Saddam Hussein.

petrol saddam

 

No dia 1 de junho de 1972 e sem qualquer aviso, ele nacionalizou a Iraq Petroleum Company, pondo fim aos regimes de concessão que tinham entregado o petróleo do Irque aos maiorais durante cerca de 50 anos.

Pierre Terzian, diretor da Revista Petrostragégie: "Em, 1972, quando o Iraque nacionalizou o consórcio petrolífero IPC - Iraque Petroleum Corporation - apercebemo-nos subitamente que os diretores da empresa, a exceção de algumas dúzias de ocidentais, eram já iraquianos. Os técnicos eram iraquianos e havia economistas iraquianos. Por isso a nacionalização que o Iraque fez do seu petróleo foi uma verdadeira ncaionalização."

Os maiorais americanos ficaram furiosos. Prevendo isso, Saddam Hussein apelou a União Soviética. Moscou forneceu apoio técnico e militar. Depois ele virou-se para os franceses. A França precisava de petróleo e o Iraque de Armas. O negócio estava assegurado. A nacionalização do petróleo árabe e a criação da OPEP, desta vez o poder das SEte Irmãs parecia estar seriamente ameaçado.

Mas, estranhamente, o conflito Israel-árabe serviria a causa das Sete Irmãs. No dia sagrado do Yom Kippur judeu, o dia da expiação, a 6 de outubro de 1973. Egito, Síria e Jordânia lançaram os seus exércitos contra Israel. O efeito surpresa foi total e as linhas e defesa israelitas foram transpostas. Começara o quarto conflito israel-árabe.

Xavier Hourel, comerciante petrolífero: "É certo que o drama israel-palestino é um álibi. Será até um feliz acaso para o resto do mundo. Como consumidores dos recursos energéticos do Oriente Mèdio. Pois em resultado do conflito israel-palestino os países da região permaneceram divididos. Privaram-se a eles próprios dos meios para impor a sua estratégia e impor preços do petróleo, que os teriam tornado os paises mais ricos do mundo."

Armados e equipados pelos EUA e fortalecidos pela sua supremacia aérea. A controofensiva dos israelences foi vitoriosa. Em represália ao apoio americano, os membros da OPEP decretaram aumentos de preços. A OPEP emergiu da sombra do desdém e da indiferença.

Sadek Boussenah, ex ministro Petróleo da Argélia, ex-presidente OPEP: "A guerra de 1973 entre Israel e os paises árabes criou um problema no placo político; e, tanto no plano geopolítico como no contexto petrolífero, isso era totalmente novo. Era um jogo novo, com a OPEP a controlar 40% da produção mundial, e a querer fixar os preços. A partir desse momento, a OPEP tornou-se um jogador com que se tinha de falar, negociar e por vezes denunciar. Mas todas as suas decisões seriam examinadas ao microscópio, pois eles tinham impacto e influência sobre a matéria-prima e o preço de uma matéria-prima vital para as economias modernas."

Após a onda de nacionalizações, do petróleo, no Iraque, Irã, Líbia e Argélia. A OPEP controlava 70% do petróleo mundial. Anunciou um embargo total contra os Estados Unidos e a Holanda e bloqueou o porto de Roterdã, o principal terminal petrolífero do mundo.

Cheikh Zaki Yamani, ex ministro Petróleo-Saudita, 1962-1986. "De acordo com a nossa filosovia, nós não usamos o petróleo como um castigo, mas sim como instrumento político para atrair atenções para o fato de haver um problema entre os árabes e os israelitas.Outros produtores de petróleo dentro da OPEP queriam castigar os Estados Unidos."

Em Washington, em 1973 soprava um vento de pânico. Os automóveis estavam parados e o mundo girava em câmara lenta.

Presidente Richard Nixon: "Nos últimos meses, tomamos muitas medidas para aumentar o fornecimento e reduzir o consumo. Mas, apesar do nosso melhor esforço, sabíamos que era inevitável um período de escassez temporária. Infelizmente, as nossas previsões para este inverno foram abruptamente alteradas pelo recente conflito no Oriente Médio. A crise de combustível não tem de significar sofrimento real para nenhum americano. Mas exigirá alguns sacrifícios de todos os americanos."

petrol aumento

 

"Alguns sacrifícios", sem dúvida, mas não para todos. Fortalecidas pela capacidade das suas reservas e o impressionante custo do barril, as sete irmãs podiam gabar-se de lucros colossais. A Exxon duplicou os seus ganhos.

Cheikh Zaki Yamani, ex ministro Petróleo-Saudita, 1962-1986: "Eu fui contra aumentar o preço do petróleo e me atacaram por isso. Mas eu tinha certeza que os preços muito altos terão uma reação. E a reação aconteceu. Mas não vamos ter com produtores de petróleo que podem ganhar muito dinheiro e dizer-lhes: não ganhem muito dinheiro! Eles não consideram a estratégia. Estratégia porque ao aumentarmos o preço do petróleo, permitimos que as empresas petrolíferas usam o dinheiro extra na exploração do petróleo. E foi isso que aconteceu no Mar do Norte, no México e em outros lugares. O nivel de produção fora da OPEP foi levado a cabo, competindo com os preços da OPEP."

A OPEP pensou que vencera a batalha, mas, na verdade, perdera a guerra. A crise do petróleo de 1973 foi uma gigantesca manipulação. As Sete irmãs precisavam de dinheiro: somas enormes para finalmente se prepararem para perfurarem as zonas ao largo no Mar do Norte. A Guerra do Yom Kippur, o embargo da OPEP e o auento de preços foram tudo coisas que beneficiaram as Sete Irmãs. Os paises árabes estavam entrando no jogo inimigo.

Terã, Irã. Um fim de tarde em Terã com música e um nargulé. Longe dos olhars públicos, em clubes e cabarés, os véus parecem mais fáceis de usar. Numa sociedade sob rigoroso controle e alçada da disciplina religiosa, a esperança poderá ainda vir do petróleo. A História tende a repetir-se e o petróleo pode fazer ou destruir qualquer rei.

Em 1975, o xá do Irã era o jogador-chave no jogo do petróleo global. A Arábia Saudita era demasiado débil e o Iraque demasiado ameaçador. Com a benção de Nixon, o xá tornou-se a polícia do Golfo. O xá do Irã tornou-se uma marionete americana, em vez de uma marionete britãnica.

Michael Klare, professor e escritor: "Para além de ser a cara diplomática e pública do apoio americano ao xá, os Estados Unidos também lhe deram apoio militar e apoio as suas forças policiais e à policia secreta, a Savak, a polícia secreta do xá. E foi a polícia secreta que esteve implicada na repressão e no massacre do clero xiita e outros grupos dissidentes, dentro do Irã."

petrol xá

 

No exílio em França, em Neauphle le Cháteau, o mais terrível opositor do xá, Ayatollah Khomeini, fez um apelo solene a resistência: "Uma greve no setor petrolífero é um ato de obediência ante Deus." A sua mensagem foi ouvida. Nem uma gota de petróleo foi extraída. O povo estava nas ruas e os dias do xá estavam contados.

Pierre Terzian, diretor da revista Petrostratégie: "Dois meses após as greves na indústria perolífera iraniana, os trabalhadores apelaram a uma paralização total da produção de petróleo no país. Recordo-me da declaração que os americanos fizeram, uns dias mais tarde, quando disseram , mais ou menos: -Sabemos agora que, com o xá do Irã, não haverá um retornar da produção. Ficou claro para toda a gente que o destino do xá estava traçado. O petróleo que derrubara Mossadegh estava prestes a derrubar o xá."

Americanos e empresas petrolíferas viraram as costas ao imperador. A agitação não era boa para o negócio. Doente e vergado, o monarca abandonou o Irã. Só o presidente egípcio Anwar Sadat se digna a recebê-lo. Reza Shah só seria autorizado a entrar nos EUA um ano depois, para morrer de cancro. O Ayatollah Khomeini voltou a Teerã, triunfalmente. O ocidente acreditava que podia lidar com a mudança de regime. A autoridade religiosa era melhor que comunismo; a URSS estava demasiado próxima do Irã. Mas os americanos substimaram a raiva e o ressentimento do novo Governo xiita.

petrol pronum

 

Nas orações congregacionistas à sexta-feira, ouvem-se os mesmos lemas do tempo do Ayatollah. Tal como há 30 anos, ouço: "Morte à América. Morte aos britânicos."

Em 1979, para os EUA, as empresas petrolíferas e o mundo árabe sunita o Iraque era o novo aliado. O regime secular em Bagdad era um escudo conta os fundamentalistas xiitas iranianos. Dois anos mais tarde, em setembro de 1981, Saddam Hussein invadiu o Irã dos mulás com a benção de todos. Começou a segunda crise petrolífera. E a guerra foi uma sinistra dádiva de Deus, para a Sete Irmãs. O preço do crude subiu como um flecha. Tanto para as empresas como para os países produtores, os petrodólares choveram em abundância.

Michael Klare, professor e escritor: "No caos daquele momento da revolução iraniana, em 1980, Sadam Hussein invadiu o Irã. E creio que a sua intenção era apoderar-se da parte sudoeste do país onde se situava a maioria dos campos petrolíferos do Irã. E ele começou por ter algum êxito. Mas, depois, a revolução iraniana mobilizou os jovens e os guardas revolucionários iranianos e expulsou Saddam Hussein do Irã e começou a entrar no próprio Iraque. E isso provocou muita ansiedade no ocidente, na Arábia Saudita e no Kuwait, que começaram a temer o Êxito dos iranianos que eram xiitas. E começaram a apoiar Saddam Hussein."

Dez anos de guerra fizeram-se sentir; mais d eum milhão de mortos e muitas instalações petolíferas destruídas, m ambos os lados.

Xavier Hourel, comerciante petrolífero: "Nós é que travamos a guerra Irã/Iraque. E digo isso porque um pais tinha de ser usado para destruir o outro. Como já beneficiam da bonança do petróleo e estão a construir reservas financeiras, de tempos em tempos, tem de ser sangrados."

O regresso da paz levantou uma questão para os maiorais: poderia a paz gerar sobreprodução? A resposta veio do Kwait. O emirado aumento a sua produção em 20%. Os preços do petróleo cairam, imediatamente. Adicionalmente, o emir recusou-se a cancelar a dívida de 15 bilhões de dólares contraída pelo Iraque. Saddam Hussein foi traído pelos seus amigos aliados que lucraram todos com o conflito.

Mohamed Ali Zainy, ex-representante Iraque OPEP: "O principal país que manteve a sobreprodução e que assumiu uma certa postura de intransigência, foi o Kuwait. E foi isso que pressionou Saddam, pois ele precisava mesmo do dinheiro. Sempre que o preço baixava um dólar, o Iraque perdia 1 bilhão de dólares. Isso foi de mais para Saddam Hussein que informou a embaixadora dos EUA April Glaspie da sua intenção de enviar forçãs militares para o Kuwait. Ela respondeu que isso era um assunto interno entre dois países vizinhos. O ditador foi levado a crer que os EUA não interviriam. No dia 17/01/1991, Saddam Hussein invadiu o Kuwait. Pouco tempo depois de se ter reunido com a embaixadora americana, o Iraque invadiu o Kuwait. E se me pergutarem se foi uma armadilha, eu diria que sim. Saddam caiu nessa armadilha. "

O cerco a volta de Saddam apertava-se. Era impensável para a Administração americana permitir que o ditador iraquiano confiscasse o petróleo do Kuwait. Em poucos dias, as forças iraquianas foram esmagadas.

Geogre Bush (Pai): "Como comandante-chefe posso relatar-lhes que as nossas forças Armadas combateram com honra e coragem. E como presidente, posso relatar a nação que a agressão foi derrotada e a guerra acabou."

Hoje, sob um céu sem núvens, entro no Kuwait. Em 1991, a "nova ordem mundial" almejada pelo presidente Bush começou num infernal inferno. Seriam precisos nove meses para extinguir os incêndios em cerca de 750 poços sabotados pelas tropas iraquianas.

Eric Laurent, jornalista internacional: "O Kuwait sempre foi visto como quintal da família Bush. Devemos enfatizar o fato que o George Bush fez fortuna através de sua empresa petrolífera chamada Zapata, obtendo direitos de perfuração nos campos petrolíferos ao largo do Kuwait após a Segunda Guerra Mundial."

Cidade do Kuwait. No início do século XX, esta extenção de areia confiscada a tribos iraquianas vivia sob a proteção do Império Britânico. Um pequeno porto de pesca de pérolas que servia a Marinha britânica a caminho da ìndia.

Em 1938, o petróleo fluiu do deserto do Kuwait. O minúsculo emirado, uma mera faixa de areia, revelou ser uma autêntica esponja de petróleo. Empresas americanas e britânicas exploraram esse tesouro do deserto e fizeram fortunas para elas próprias, para o emir e para os seus súditos.

Kamil Al Harami, conselheiro petrolifero do emir: "Foi como um terremoto. Mudou a face da sociedade do Kuwait. Subitamente, estávamos na imprensa, éramos o maior produtor de petróleo do mundo e tínhamos toda a riqueza. E de, basicamente, um padrão de vida muito básico, onde mal tínhamos alimento ou mal tínhamos roupas como deve ser. Passamos para uma situação em que as portas dos ceus se abriram para nós."

Kuwait, o país mais rico do planeta. Oitenta bilhões de dólares investidos nos mercados mundiais pelo gabinete de investimento do Kuwait. A receita financeira é superior a própria receita petrolífera. Um cofre bancário no meio da areia. É um tesouro bem guardado. Os Estados Unidos colocaram tropas por todo o Oriente Médio e a sua Marinha vigia estreitos e rotas marítimas. A segurança energética exige tal preço e os Estados Unidos tencionam garanti-la.

Em janeiro de 2001, o vice-presidente de George W. Bush, Dick Cheney, fundou um grupo de desenvolvimento de política energética, o Grupo de Trabalho da Energia. Os objetivos dessa comissão estão envoltos em segredo absoluto. Para o Washington Post, é uma "sociedade secreta". Mais do que nunca, a Administração americana parece ser uma extenção do Loby do petróleo.

 

petro dick

petro coldoleza

 

Dick Cheney, um ex presidente da Haliburton. Condoleza Rice, uma ex executivada Chevron. Todos empenhados na causa das empresas petrolíferas. Eric Laurent, jornalista internacional: "Em 2003 a comissão foi obrigada por deliberação de tribunal federal a divulgar vários documentos. E um deles é muito interessante. É um mapa do Iraque que divide a parte do Iraque mais próxima da Arábia Saudita em oito zonas de extração de petróleo. Isso significa que o petróleo era central para o pensamento, as ideáis e a estratégia daquela comissão. Petróleo e Iraque."

Os ataques terroristas do 11/9 ao coração do sonho americano provocaram uma violência sem precedentes. Terrorismo, armas de destruição em massa. A tragédia do 11/9 é um pretexto há muito aguardado. Com as segundas maiores reservas petrolíferas do mundo, o Iraque é designado como resposta as necessidades energéticas dos EUA.

George Bush, filho: " O Iraque continua a exibir a sua hostilidade em realção aos EUA e a apoiar o terror. O regime iraquiano conspirou para desenvolver antraz, gás nervoso e armas nucleares. há mais de uma década. Estados como este e os seus aliados terroristas constituem o Eixo do Mal que se arma para ameaçar a paz do mundo."

Bagdad, Iraque. Uma cidade em ruinas, e as águas calmas do Tigre, a linha do horizonte desde o meu quarto, no Hotel Al Mansour. Destas varandas, o mundo assistiu as raides americanas sobre a capital na televisão, quando bombas lançadas por aviões invisíveis pareciam levantar a cidade até aos céus. No dia 20 de março de 2003, a segunda guerra do golfo acabara de começar. Em menos de 3 semanas os tanques Abraham que lideravam a Operação Libertar o Iraque chegaram aos arredores de Bagdad. A primeira missão das tropas dos EUA era controlar os poços de petróleo.

PARTE 3