HISTÓRIA E CULTURA

Uma, entre tantas civilizações

civi topoPor Pepe Chaves - A noção que temos da vida humana na Terra, se faz dentro de uma mera fração do “disco da vida” na história do planeta. Faz pouco mais de 100 anos, caixeiros viajantes e tropeiros eram os responsáveis por migrar progresso às regiões mais distantes dos principais centros comerciais. No lombo de burros o homem carregou utensílios, documentos, mercadorias e toda à sua vida, amassando o barro de infinitas estradas. Rasgava novos caminhos, em busca de novas conquistas e sabedoria. Cerca de 100 anos depois, este mesmo homem trafega a bordo de velozes jatos, que viajam acima da velocidade do som, rasgando os céus, sobre os oceanos. Num mísero ínterim de 100 anos, nossa humanidade se ergueu, sob um ponto de consciência, jamais visto ou noticiado noutros tempos. O progresso desperto neste curto espaço ...

de tempo foi suficiente para colocar nossa civilização num patamar, onde as descobertas se tornam mais profundas e históricas. Mesmo que, pouco ainda sabemos do passado humano sobre a Terra. O uso das tecnologias de ponta, aplicado não somente nos transportes e cada vez mais acentuado em todas as áreas dos saberes tem remontado uma revolução dentro da atual civilização; a digitalização da vida, dos sentimentos, das imagens, da voz, da personalidade. O escaneamento do cérebro, das artérias, do coração e, por pouco, da alma... Com tanta tecnologia a borbulhar em imensos caldeirões, será que não iremos descobrir que somos apenas clones atualizados de nossos antigos ancestrais?

A oficialização e a difusão dos saberes. A expansão das universidades por todo o mundo, as ramificações das áreas científicas, o rápido tráfego das informações, bem como o fácil acesso ao conhecimento; a versatilidade e as tramas das linguagens, a interatividade, a descoberta de novos materiais, a aplicação de recentes descobertas em prol da vida humana na saúde e no bem-estar. Tudo isso tem feito o homem crescer, a olhos vistos, nestas últimas décadas, em todos os cantos do planeta, que se “globaliza”.

 

Magia tecnológica



Às vezes nos surpreendemos em reflexões sobre algumas descobertas fantásticas dessa humanidade de nossos tempos: o rádio, a tevê, a internet, os veículos, os satélites, submarinos, naves, aeronaves, a manipulação das ondas, da fusão nuclear, da eletricidade, do laser, do computador... Ou o acender da “simples” chama de um isqueiro. Sim, Arthur Charles Clarke, estava certo quando disse que "toda tecnologia desconhecida nos parece magia".

Cada um desses degraus da evolução humana se tornou marco essencial de sua grandeza, pontuando seu progresso, abrindo novos caminhos para as atuais soluções e assim, abrindo tantas outras buscas mais que ainda iriam surgir nessa caminhada evolutiva.

Tão essenciais descobertas soam como verdadeiras “mágicas” diante olhos incautos, ignorantes ou selvagens, mas todas foram conquistadas sob o raciocínio lógico e ordenado de nossa espécie. Fato é que, por detrás de todas estas grandes invenções são guardadas as devidas explicações racionais ou científicas, a organizá-las de maneira sincronizada, a ponto de torná-las práticas. Todas as grandes criações do homem são frutos de um engendrado de ideias, depois planejamentos, projeções e execuções. Isto, a considerar de velho radinho de pilha a uma aeronave de última geração. Cada detalhe da “máquina” com base em sua respectiva razão, funciona como um tijolinho interligado, a montar uma extensa parede que, ao final, apresenta sempre uma finalidade prática.

Cirurgias a laser, sondas biológicas que desbravam, literalmente, o íntimo humano; enquanto simultaneamente, sondas espaciais descem à superfície de outros planetas do sistema solar. Os cientistas dessa civilização nos levaram a olhar para dentro de nós, mas também para fora. O nosso pequeno mundo está se ampliado diante às novas descobertas dos reinos microbiológicos; enquanto, antagonicamente, ele vem se encolhendo diante às últimas grandes descobertas telescópicas. Estará o homem, pela primeira vez, crescendo para dentro e para fora de si, simultaneamente? E dessa maneira, “alargando” os seus conhecimentos acerca e sua própria natureza existencial?

E, tudo isso, se passa num mero fragmento de tempo, num piscar de olhos de 100 anos dentro de todo um processo milenar pós-estabilidade terrestre em órbita solar. Então, vem a essencial pergunta: se, em apenas 100 anos conseguimos tantos progressos a partir do ponto de vista da atual tecnologia, o que conquistaremos, pela perspectiva daquilo o que já conquistamos, dentro de outros 100, 200, 500, mil anos?

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As pirâmides tinham o seu interior elaborado por uma engenharia desconhecida.

 

Passado que não temos notícias



Portanto, esta nossa civilização, sabidamente, tão cheia tecnologias, bem como de notórias mazelas e que se relaciona tão mal entre si, se “localiza” em apenas um ínfimo ponto em parte da faixa existencial no “disco da vida humana na Terra”. Por outro lado, tal civilização é a mesma que consegue em seu curto espaço de tempo, buscar fantásticas soluções, inicialmente impossíveis, à resolução das suas mais distintas questões. Dentro desse raciocínio, não poderemos supor que teriam existido outras civilizações que, em tempos passados e jamais registrados, deveriam ter vivenciando mais tempo que a nossa e, por isso, ter se evoluído além de nós e conquistado tecnologias semelhantes ou superiores às conhecidas atualmente?

A vida animal na Terra é muito sensível, ela pode se consumir totalmente, de um segundo para outro, por meras causas naturais - ou acidentais por intervenções humanas. No caso de um acidente global, tudo o que se conquistou pode se perder, pois somente determinadas pessoas detém o conhecimento de áreas específicas do saber humano. Uma tragédia colossal poderia, em questão de segundos, vir a extinguir centenas ou milhares de tecnologias e conquistas, sem que a humanidade sequer soltasse um último suspiro.

Quando falo de causas naturais, incluo uma simples explosão solar que poderia afetar a vida no planeta, além dos padrões típicos que, em questão de minutos poderiam colocar fim à vida animal na superfície da Terra. Outras catástrofes como o choque de rochas espaciais contra o planeta e seguidas explosões nucleares, poderiam extinguir toda a humanidade ou quase totalidade dela.

E, decerto, em tempos remotíssimos, catástrofes similares podem ter marcado eras e populações que jamais puderam ser registrados pela atual história humana.

Do pouco que sabemos acerca do passado terrestre, entendemos que a superfície do planeta já foi revirada inúmeras vezes no estrondar dos milênios - onde foi mar, não é mais, onde não era hoje é; e assim foi se alternando por milênios e milênios. Regiões que atualmente são desérticas ou mesmo arborizadas já foram – comprovadamente – fundos de oceanos noutras eras, das quais não temos as mínimas informações precisas. Por outro lado, já foram encontrados em distintas regiões litorâneas do nosso planeta, vestígios de antigas e desconhecidas civilizações. Com o passar dos tempos e por ser um verdadeiro tubo de ensaio, a Terra se revira por si mesma e se pudéssemos assistir a um filme onde os milênios se passassem em segundos, veríamos como seria tão curioso processo.


Atlântidas encobertas pelo tempo


Com a exceção de Platão que, não nos deixa claro sobre a veracidade de uma tal civilização atlante ou se a mesma detinha tecnologias que poderiam ser consideradas mais avançadas que as atuais, pouco chegou ao nosso tempo acerca de possíveis povos antigos supostamente desenvolvidos. E entre o mínimo que sabemos a respeito, estão as informações fornecidas por esse filósofo grego, Platão (427-347 a.C.), que descrevia um continente (ou ilha) onde vivia uma população bastante sofisticada para a época: milênios antes de seu tempo.

Atlântida ou "Atlantis" (em grego, "filha de Atlas") foi citada por Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida". Nos contos de Platão, Atlântida era uma potência naval localizada "na frente das Colunas de Hércules", que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e África 9.000 anos antes da era de Solon, ou seja, aproximadamente 9600 a.C.. Após uma tentativa fracassada de invadir Atenas, Atlântida afundou no oceano "em um único dia e noite de infortúnio".

Estudiosos disputam se e como a história ou conto de Platão foi inspirada por antigas tradições. Alguns pesquisadores argumentam que Platão criou a história mediante memórias de eventos antigos como a erupção de Thera ou a guerra de Tróia, enquanto outros insistem que ele teve inspiração em acontecimentos contemporâneos, como a destruição de Helique em 373 a.C. ou a fracassada invasão ateniense da Sicília em 415–413 a.C.

A possível existência de Atlântida foi discutida ativamente por toda a antiguidade clássica, mas é normalmente rejeitada e ocasionalmente parodiada por autores atuais. Como Alan Cameron afirma: "é só nos tempos modernos que as pessoas começaram a levar a sério a história de Atlântida, ninguém o fez na Antiguidade". Embora pouco conhecida durante a Idade Média, a história da Atlântida foi redescoberta pelos Humanistas no período da Idade Moderna. A descrição de Platão inspirou trabalhos utópicos de vários escritores da Renascença, como Francis Bacon em "Nova Atlântida". Atlântida ainda inspira a literatura, da ficção científica a gibis, até filmes, seu nome tornou-se uma referência para toda e qualquer suposição sobre avançadas civilizações pré-históricas perdidas.

Fato é que, a história de Platão, inspirada ou não em antigos cataclismos, bem poderia ser uma metáfora representativa e alusiva não a uma evoluída e extinta civilização, mas a tantas e tantas civilizações altamente evoluídas que já tiveram lugar no passado terrestre e eram consideradas, tecnológica e intelectualmente, bem mais evoluída do que a sociedade dos tempos do autor. A nossa ideia de grandeza da atual civilização, na qual nos criamos e nos tornamos seres racionais, naturalmente, ofusca fortemente esta concepção ou qualquer outra que poderia nos dar a exata impressão de uma civilização mais evoluída que a nossa, qual teve lugar em pontos remotos do passado terrestre.

Desta maneira, igualmente à citada Atlântida, provável seria que civilizações de passados distantes e jamais constatados, tenham buscado tecnologias de iguais níveis ou, quiçá, superiores aos da nossa civilização. Outros vestígios consideráveis foram encontrados por diversas partes do mundo, desde ruínas, passando por gravações em rochas (incompatíveis para o que se supunha de tais épocas), arquiteturas desconhecidas e até objetos incompreensíveis.

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Detalhes de um preciso friso em uma pedra das ruínas de Puma Punku, na Bolívia.

 

Ascensões e extinções humanas no passado e no futuro



Com base em nossa própria civilização, devemos admitir: nada como alguns milênios de vivência para que a espécie humana se adapte e comece a se organizar racionalmente. Se em 100 anos, saímos dos lombos dos burros e nos sentamos em confortáveis poltronas de jatos supersônicos, o que teriam feito civilizações antiquíssimas que, porventura, se organizassem racionalmente tal como a nossa um dia se iniciou e que viveram muitos milênios a mais que a atual? Que coisas fantásticas (ou inimagináveis para nós) poderiam ter feito tais povos que, supostamente, teriam usufruído de sua existência num lapso temporal superior ao da atual civilização terrestre?

E vem a grande pergunta: considerando que existiram tão evoluídos povos, o que teriam sofrido para se esvaecerem da face terrestre? E ainda: que poderia restar de vestígios acerca de tais povos? Muitos geólogos descrevem grandes rochedos como restos de “alguma coisa” petrificada ao longo de vários anos. Igualmente, alguns arqueólogos sugerem que determinadas rochas possam ter sido escombros petrificados de antigas construções. Teriam sido corroídas pelas águas dos mares que um dia as naufragou por tempos incontáveis, para, depois, deixá-las expostas novamente ao sol e vento por outros milênios a fio - e, em alguns casos, provavelmente houve repetição dos processos de imersão marítima, ocorridos através das eras e transformações climáticas sofridas pela nossa crosta.


Restos civilizatórios mal compreendidos



Sob a convenção histórica professada em nosso mundo, a civilização atual jamais soube olhar corretamente em direção ao seu verdadeiro passado. A grosso modo, todos os restos civilizatórios, sítios arqueológicos, ruínas de origem desconhecida e até mesmo as mais recentes descobertas sobre as antigas civilizações terrestres não foram dirimidas a contento.

Entre tantas ruínas de civilizações passadas, lembramos que mesmo na América, considerado um continente "jovem", restos de culturas e sociedades jamais compreendidas foram constatados em nossos tempos. Sabidamente em localidades mexicanas, peruanas e bolivianas, vestígios de evoluídas e longínquas civilizações foram encontrados por nossos contemporâneos. Evidentemente, cada qual, com suas características e maneiras peculiares de aprumar sua cultura, seu modo de vida - geralmente indecifrável. No entanto, determinadas incongruências surgiram ao se deparar com detalhes encontrados em tais civilizações "arcaicas" que, a considerar por nossa ciência, supostamente "não poderiam existir" em épocas passadas.

Não vamos alongar mostrando aqui exemplos de tais incongruências, que não é assunto novo, pois tantos outros já fizeram com muita propriedade, inclusive, disponibilizando muito material a respeito, disponível para consulta livre na Internet. Mas, levantamos somente algumas citações clássicas para ilustrar essa ideia: temos a engendrada arquitetura de Puma Punku, na Bolívia, onde foram encontrados vestígios impressionantes de uma civilização possivelmente evoluída. Esse povo detinha um instrumento ou técnica para cortar rochas, em tiras, de fazer inveja à indústria do mármore de hoje. Seja em pequenos detalhes ou em dimensões avantajadas, a técnica para executar cortes nas rochas feitos por este antigo povo ainda não foi desvendada pela ciência atual.

Mas, melhor exemplo de incompreensão acerca de uma antiga civilização são os objetos, adornos, obras de artes e arquitetônicas deixadas pela civilização egípcia, na África. Entre nós, há quem pense que os egípcios, em seu apogeu, se tratavam daqueles “homens de saia” mostrados em suas figuras tradicionais e que carregavam blocos de pedra sobre rodas. Mas há também quem julgue que tal civilização alcançou patamares da tecnologia e do conhecimento altamente superiores aos dos tempos atuais. Portanto, olhando a civilização egípcia de outra perspectiva, podemos imaginar que a mesma possa ter dominado viagens aéreas intercontinentais, quiçá espaciais. E, no apagar das luzes daquela civilização, tal evolução teria sido expressa por aqueles antigos habitantes do Nilo, através de escritas ou códigos deixados em tudo o de material que restou - que sabidamente atravessaria milênios. Ainda se fora realmente assim, não podemos ainda saber, pois os homens de nossos tempos não tiveram condições de traduzir a realidade daquela época com base no que foi deixado. Destarte, por mais científico que possa parecer, tudo o que se levanta sobre a civilização egípcia não passa de suposições.

O estudo acadêmico, jamais teve a ousadia de propor que a civilização egípcia – ou qualquer outra extinta - pudesse ter alcançado um patamar tecnológico superior ao da atual. Sob tais perspectivas, tudo o que fora encontrado acerca de tempos remotos, jamais seria suficiente para explicar ou traduzir uma realidade de outrora. Ainda que haja instigações oficiosas, como o conhecimento astronômico demonstrado por esta extinta civilização do Nilo; a forma com que foram construídas algumas de suas pirâmides; vestígios de suas engenharia, arte, cultura; demonstrações de tecnologias diversas, detectadas em vários ramos e consideradas “incompatíveis” para a época, fato é que, como homens desse tempo nós enxergamos os egípcios como uma distorcida civilização progressista, pois a entendemos tecnologicamente muito inferior à atual. Enquanto, na verdade, não temos certeza disso. Mas, nossas ciências acadêmicas entendem que o compatível para aquela época não pudesse ultrapassar os belos monumentos erguidos com a força dos músculos humanos e o sacrifício do trabalho braçal executado por escravos egípcios.

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Ruínas de Puma Punku: pedras cortadas em tempos remotos.

 

Do passado ao futuro



Igualmente interessante seria refletirmos sobre o que restaria dessa nossa humanidade, ao longo dos próximos milênios, se um acidente natural extirpasse do planeta toda ou a maior parte da nossa civilização.

Decerto, as construções de alvenaria ruiriam rapidamente, se tornando um amontoado de pó, para depois se petrificar com o passar dos séculos e milênios. Das pavimentações, quase nada restaria, dentro de poucos anos seriam arrancadas e provavelmente cobertas por vegetações ou soterradas. Objetos oxidantes, bem como nossos conhecidos veículos, decerto, se tornaram montes de ferrugens já nos primeiros milênios de abandono.

Neste contexto, é lógico supor que, todas as estruturas habitacionais se transformariam num duro “cimento”, socado pela gravidade e o estrondar dos tempos, irrigado por muito sol, vento e chuva por incontáveis milênios, a se petrificar e transmutar para rochas de um futuro distante.

Tudo o que construímos nos últimos milênios poderia se transformar em autênticos amontoados de rochedos, cujas às formas incompreensíveis esculpidas pelo tempo, ninguém, num futuro distante, jamais ousaria sugerir que um amontoado pétreo fora uma antiga obra de engenharia humana.

E nesse futuro distante, poderiam até encontrar um CD ou DVD, brilhante e intacto, contendo todo um resumo cronológico sobre a história daquela extinta civilização (a atual). No entanto, seria lógico que uma civilização futura, sem um leitor apropriado de DVD pensasse que tais objetos circulares se tratassem, em verdade, de meros "adornos" para pendurar em paredes, semelhante a quadros. E os sulcos do compact disc, que contêm as gravações, seriam apenas meros detalhes da produção de tão viçosa "obra de arte".

E quantos "objetos de arte" encontrados de civilizações passadas, nossa atual humanidade também enxerga com os mesmos olhos? Atribuindo a eles cômoda função de "adorno", sem descobrir que, assim como nas linhas finas de um DVD estão guardadas diversas e esclarecedoras informações, nas cerâmicas, nos objetos de pedra, nas pinturas ou inscrições milenares, também não possam estar registrada toda uma saga civilizatória?

Realmente, não compreendemos muito bem o passado humano na Terra, pois nossos fundamentos históricos estão calcados somente no que coloca à luz da literatura acadêmica, com base nos períodos cíclicos do planeta, sem aventar qualquer vestígio de um progresso humano de nível similar ou superior ao atual. Por essas e outras, devemos admitir que estivemos sempre convencionados a crer que jamais pudesse ter existido uma outra civilização na Terra (evidentemente, anterior à nossa), que detivesse mais recursos e desenvolvimentos intelectuais do que a atual. Posto assim, sem sequer, cogitar de maneira cientifica ou destemida à tal possibilidade.

Quantas e quantas civilizações organizadas e provavelmente mais evoluídas que a nossa, não apenas em tecnologia, mas em diversos aspectos da vida humana poderiam ter surgido e sucumbido à acidentada e deslizante crosta desse inquieto planeta azul? Decerto, bem mais do que possamos imaginar e bem menos que podemos constatar.

Fato é que, mesmo não conhecendo uma outra espécie racional de nível semelhante ou superior ao nosso, além de termos convivido somente com espécies animais que julgamos “inferiores”, a nossa ciência nos faz crer que a natureza terrestre está voltada somente para o homem de nosso tempo, além da presunção de nos considerar personagens vivos do que seria o apogeu humano em toda a história dessa espécie sobre a Terra.

* Pepe Chaves é editor do diário Via Fanzine e dos portais ASTROvia e UFOVIA.
- Imagens: Arquivo VF.
Fonte: http://www.viafanzine.jor.br/