HISTÓRIA E CULTURA

Massacre de Katyn

masser3O Massacre de Katyn foi uma execução em massa, por parte da União Soviética, de milhares de oficiais militares, policiais, intelectuais, padres, prisioneiros de guerra e civis poloneses. Tal massacre foi um dos crimes soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial e ocorreu no início de 1940 na Floresta de Katyn (Rússia). Pelos menos 21.768 poloneses foram executados. O responsável pelo ato foi Lavrentiy Beria, chefe da NKVD (Comissariado do povo para assuntos internos). A descoberta das valas comuns aconteceu em 1943 pelas forças armadas alemãs, quando a Wehrmacht tomou o controle da região e ficou sabendo do massacre pelos relatos da população civil.

O governo polonês, que estava em exílio em Londres e havia terminado as relações com a União Soviética após o inicio da guerra, acusou os soviéticos pelo sumiço dessas pessoas. O governo soviético, liderado por Josef Stalin, negou ter capturado e sumido com essa gente e passou a responsabilidade para a Alemanha. Durante o regime comunista na Polônia, tentou-se esconder o massacre de Katyn da população. Após a queda da União Soviética as verdades do massacre foram finalmente divulgadas.

A descoberta

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Em fevereiro de 1943, os soldados da Wehrmacht Grupo de Exércitos Centro que controlavam a região, foram informados pela população local sobre os assassinatos. Houve então a descoberta das valas comuns na Floresta de Katyn contendo os corpos de milhares de oficiais e civis poloneses que tinham sido executados na primavera de 1940.

As averiguações no início de 1943

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Jornal de 25 de setembro de 1943 noticiando a comprovação da autoria soviética do massacre.

O governo alemão, imediatamente após a descoberta do massacre tomou medidas para que fosse providenciada a exumação dos cadáveres através de uma comissão internacional de sindicância formada por 12 médicos legistas, com representantes do governo polonês em exílio e da Cruz Vermelha polonesa. Formaram a comissão representantes dos seguintes países: Bélgica, Bulgária, Finlândia, França, Itália, Croácia, Países Baixos, Romênia, Suécia, Eslováquia, e Hungria. Os trabalhos foram desenvolvidos entre os dias 28 e 30 de abril de 1943, com a seguinte conclusão:

“Os cadáveres apresentavam como causa da morte essencialmente tiros na nuca. Conforme declarações de testemunhas, correspondências, anotações, jornais etc, conclue-se que os fuzilamentos ocorreram durante os meses de março de abril de 1940...”

( „Die Leichen wiesen als Todesursache ausschließlich Genickschüsse auf. Aus den Zeugenaussagen, den bei den Leichen gefundenen Briefschaften, Tagebüchern, Zeitungen usw. ergibt sich, daß die Erschießungen in den Monaten März und April 1940 stattgefunden haben. ...”) Como a região em que ocorreu o massacre estava sob ocupação soviética da primavera de 1940 a junho de 1941, mostrou-se indiscutível a sua autoria.

As encenações soviéticas em fins de 1943

Ao final de 1943, após o recuo das Forças Armadas Alemãs, a União Soviética encenou uma averiguação dos crimes de Katyn. Formou uma “comissão especial para análise das circunstâncias do fuzilamento de oficiais poloneses prisioneiros de guerra na floresta de Katyn, cometido por invasores fascistas alemães”. A presidência desta “comissão” ficou a cargo do cirurgião-chefe das forças soviéticas, Nikolay Nilovich Burdenko, com (entre outros) os seguintes componentes:

O escritor Alexej Tolstoi.
O patriarca Nikolai (Metropolit Nikolai),da igreja ortodoxa russa de Kiev e Galícia, Boris Dorofeyevich Yarushevich.
O presidente do “Comitê pan-eslavo”.

Esta comissão produziu um relatório que posteriormente foi utilizado como “prova” (doc. USSR-054) no primeiro processo de Nürnberg. Este relatório pretendia convencer que os “especialistas soviéticos” teriam encontrado com os assassinados, objetos datados de novembro de 1940, março de 1941 e junho de 1941, o que sustentaria suas alegações de que as execuções teriam sido cometidas por “fascistas alemães”. Tais argumentos foram insistentemente apresentados até 1979, quando finalmente a manutenção da farsa tornou-se insustentável.

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Os relatórios forjados pelos soviéticos serviram também de base para alguns historiadores ocidentais reforçarem a visão anti-alemã em escritos que tinham como finalidade a descrição do Campo de concentração de Auschwitz. Entre eles encontra-se Raul Hilberg, William L. Shirer e Jean-Claude Pressac.

Embora a farsa encenada pelos soviéticos fosse do conhecimento das autoridades norte-americanas, estes não encetaram qualquer ação em prol da verdade. As averiguações de Katyn tinham sido conduzidas por agentes soviéticos que atuavam também no processo referente Auschwitz. Qualquer revelação sobre Katyn colocaria sob suspeita os processos conduzidos sobre os campos de concentração, com suas encenações quanto às “câmaras de gás” cuja existência foi dogmatizada e absorvida como verdadeira pela credulidade humana.

A execução injusta de alemães

Em dezembro de 1945, ainda durante a encenação do "Processo de Nürnberg", outro crime se praticou em Estalinegrado sob o patrocínio de Josef Stalin. Com base num falso processo, atribuiu-se a culpa do massacre de Katyn aos alemães, com a condenação de 10 oficiais alemães, dos quais 7 foram enforcados e 3 penalizados com 15 anos de trabalhos forçados. Foram enforcados em 05 de janeiro de 1946:

Eduard Sonnenfeld
Ernst Böhm
Ernst Gehrer
Erwin Skotki
Heinrich Remmlinger
Herbard Janike
Karl Hermann Strüffling

Foram condenados a 15 anos de trabalhos forçados:

Arno Diere
Erich Paul Vogel
Franz Wiese

O processo teve o requinte de usar de tortura para dar-lhe aspecto de legalidade para as conseqüentes confissões extraídas dos torturados. No auge dos sofrimentos físicos e psicológicos e com a consciência entorpecida, das vítimas foi extraída a concordância e a assunção de tudo que lhes foi ditado. Assim, de Herbard Janike foi extaída a "concordância" aos crimes lhe propostos: Que teria cumprido uma ordem do Major Heinrich Remlinger para exterminação dos poloneses. Franz Wiese "concordou" com a acusação de extensos crimes que teriam sido executadas pelas Forças Armadas Alemãs. (Wehrmacht). Ano Diere "concordou" com a acusação do extermínio de mulheres, crianças e idosos russos pelas Forças Armadas, além do fuzilamento de 15.000 a 20.000 pessoas em Katyn, entre elas milhares de oficiais poloneses.

O desaparecimento de Wladyslaw Sikorski

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Wladyslaw Sikorski, presidente polonês no exílio, cobrou em 1941 de Josef Stalin o paradeiro de milhares de oficiais poloneses deportados, que conforme o chamado ”Acordo Sikorski-Majskli”, seriam anistiados pelos soviéticos. Stalin demonstrou a convicção de que estes militares teriam “fugido”, eventualmente para a Manchúria. Em 04 de julho de 1943, Sikorski faleceu num acidente aéreo em Gibraltar, acidente este até hoje não esclarecido.

O reconhecimento da culpa pelo governo soviético e russo

Em 13 de abril de 1990, Mikhail Gorbachev, secretário geral do partido comunista da União Soviética, reconheceu a culpa soviética pelos crimes de Katyn. Entregou a Wojciech Witold Jaruzelski, presidente da Polônia, documentação comprobatória dos assassinatos em Katyn de milhares de oficiais poloneses, executados pelo serviço secreto soviético. [6] Em outubro de 1992, Bóris Nicoláievitch Ieltsin, primeiro presidente russo após o fim da União Soviética entregou ainda à Polônia os documentos de 1940 que comprovavam as ordens das execuções de Katyn, emitidas por Lazar Moiseyevich Kaganovich, Josef Stalin e Lavrentiy Beria De acordo com documentos soviéticos, houve 21.857 assassinatos. De acordo com dados poloneses teriam sido aproximadamente 30.000 pessoas e conforme a enciclopédia alemã Brockhaus, tal numero situa-se em torno de 25.000. A total responsabilidade pelos crimes é da direção estatal e partidária bolchevique soviética da época.

A verdade e a reação do mundo

Com a capitulação incondicional alemã na Segunda Guerra Mundial, os países vencedores passaram a atribuir os próprios crimes aos vencidos. Sem direito à defesa, a Alemanha tornou-se vítima em processos encenados, a lhes atribuir indevidamente a responsabilidade pelas maiores atrocidades cometidas pelos próprios vencedores. Não obstante a União Soviética e os aliados ocidentais já terem iniciado o confronto ideológico que passou a ser chamado de “Guerra Fria”, ambos foram unânimes nas encenações que condenavam os alemães, e que assim representam a continuação em tempos de paz, de seus crimes que tentavam ocultar perante a opinião pública. Este processo foi respaldado por uma ampla política de reeducação da consciência mundial, na qual uma "nova verdade" foi criada e dogmatizada.

Em janeiro de 1945, os arquivos do Banco Nacional de Budapeste caíram em mãos soviéticas. Além de valores materiais havia também arquivos de documentos sobre os crimes de Katyn. Estes documentos tinham sido obtidos por Raoul Wallenberg (diplomata sueco) através de seus contatos com os poloneses. Em 17 de julho de 1947 este diplomata morreu em condições não esclarecidas. Muito provavelmente (embora não admitido pelos envolvidos), ocorreu a chamada “queima de arquivos” (eliminação de testemunhas) por iniciativa soviética ou norte-americana, no intuito de manter a credibilidade dos processos de Nuremberga, além de manter pelo máximo tempo possível a responsabilidade dos crimes sobre ombros alemães.

Em janeiro de 1952 a revista alemã Der Spiegel publicou matéria, correta quanto aos fatos do massacre. sob o título “Katin – um crime dos soviéticos (Katyn – ein Verbrechen der Sowjets). Até o ano de 1989 a União Soviética, não obstante todas provas em contário, insistia em atribuir os crimes aos alemães. Tal procedimento obtinha o respaldo, mesmo na Alemanha, da mídia e de políticos de ideologia esquerdista. Qualquer contestação era tachada de "neonazismo" e "revisionismo". Os próprios alemães até 1990 ainda organizavam caravanas com destino a Katyn onde se penitenciavam com o reconhecimento da sua "eterna culpa".

Também os britânicos participaram da infâmia contra os alemães. Documentação da Cruz Vermelha polonesa que comprovava a autoria soviética dos crimes foi mantida em arquivos britânicos como ultra-secreta (top-secret) até que descoberta e publicada em 1989 pelo historiador polonês Wladimierz Kowalski no semanário Odrodzenie.
Ainda no ano de 1996, o historiador Markus Tiedemann, procura distorcer a responsabilidade soviética dos crimes de Katyn.

Em julho de 2006 o arqueólogo polonês Andrzej Kola localizou na floresta de Bykownia em Kiev, outra vala comum com vitimas polonesas do NKDV, o serviço secreto soviético. Supõe-se que se trata de 3.345 pessoas até então consideradas desaparecidas e as averiguações estão em curso. O NKDV, o serviço secreto soviético eliminou também numerosos intelectuais poloneses, entre os quais constam os matemáticos Józef Marcinkiewicz e Stefan Kaczmarz e o pai do diretor de cinema polonês Andrzej Wajda. Este produziu em 2007 o filme "Katyn".

Numerosos crimes cometidos pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial constam ainda hoje nos livros de história como de responsabilidade dos alemães. A retificação histórica ocorrida no caso Katyn foi um fato raro. Outros casos deverão permanecer indevidamente sob os ombros alemães, pela impossibilidade de comprovação documental da verdade. Procedeu-se a intensa eliminação de documentos e provas, para dificultar qualquer redenção futura do Nacional-Socialismo, e por extensão da nação alemã.


EUA sabia que Stalin ordenou o Massacre de Katyn


2012 - Roosevelt e o governo americanos podem tem ocultado os crimes de Josef Stalin e da cúpula soviética, que ordenaram o massacre de milhares de militares poloneses, para que a URSS ajudasse os EUA a vencer o Japão na Segunda Guerra Mundial.

Os arquivos desclassificados, que incluem cerca de 1.000 documentos, demonstram que a administração dos EUA teve evidências de que o massacre no bosque de Katyn, donde foram assassinados cerca de 22 mil militares e intelectuais poloneses, não via sido perpetrado em 1940 pelos alemães nazistas, mas sim pelos soviéticos por ordem pessoal de Stalin e outros comandantes da URSS. No entanto, os americanos preferiram não revelar as verdades sobre o fato por motivos políticos.

Entre os documentos, publicados pelos Arquivos Nacionais dos EUA, figuram as cartas de prisioneiros de guerra americanos prisioneiros dos alemães na Segunda Guerra Mundial. Nas cartas do capitão Donald B. Stewart e do tenente-coronel John H. Van Vliet , eles escrevem que as valas comuns descobertas pelos alemães em 1943, na Polônia, que ocuparam em 1941. Os documentos, o estado dos cadáveres e sua indumentária, dentre outras coisas, fizeram os militares chegarem a conclusão de que os poloneses foram massacrados antes das tropas soviéticas perderam terreno nessa região, a região de Smolensk, antes do avanço nazista. Os presos americanos comunicaram em suas cartas esse fato as autoridades americanas.

A administração do presidente Franklin Roosevelt sabia do crime soviético, mas optou por permanecer em silêncio, argumentam alguns historiadores consultados pela AP. Entre as razões que podem ter motivado esta decisão destaca o fato de que a URSS era um aliado indispensável para o EUA em sua luta contra o Japão, um aliado de Hitler. Já depois da guerra, em 1952, uma comissão do Congresso Americano realizou uma investigação do caso Katyn e responsabilizou totalmente da União Soviética pelo massacre. O Congresso Americano orientou a Casa Branca denunciar a URSS ante os tribunais internacionais. Ademais, a administração Roosevelt tomou a decisão de não tornar público os crimes da URSS por uma "necessidade militar". No entanto, Washington nada fez e nada mais falou sobre o assunto até desaparecimento da URSS. Moscou reconheceu a responsabilidade soviética na tragédia em 1990 e pediu desculpas à Polônia. Em 2010, a Rússia desclassificou 61 volumes sobre Katyn e entregou para a Polônia.

Fonte: http://pt.metapedia.org/
http://codinomeinformante.blogspot.com.br/