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IV Coloquio Brasileiro sobre OVNIs - 1969 - Parte 1

brasil692Gauthier de Keating-Hart / Alberto M. Martino / Ademar Eugênio de Mello. A Propulsão dos OANI e a Ciência. ...

1ª Parte - Considerações sobre o interesse científico e estudo dos OANI. 2ª Parte - Resenha das principais hipóteses ja emitidas sobre a propulsão dos OANI. 3ª Parte - Apresentação de uma nova hipótese de trabalho. A. B. E. C. E. Colaboração especial de URÂNIA - Centro de Estudos Avançados para o Século XXI IVº. Colóquio Brasileiro sobre Objetos Voadores não identificadosSão Paulo - 11 e 12 de setembro de 1971. CONSIDERAÇÕES SÔBRE O INTERESSE CIENTÍFICO DO ESTUDO DOS O.A.N.I. Prof. Gauthier de Keating-Hart, Doutor em Ciências Físicas, Física do Estado Sólido e Magnetismo. Centro de Estudos Nucleares de Grenoble. Instituto de Energia Atômica de São Paulo. Representante do G.E.P.A.

I - INTRODUÇÃO:

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Em 1969, a comissão da Universidade de Colorado dirigida pelo Prof. Condon, publicou o resultado de um trabalho conhecido pelo nome de "Relatório Condon". Na conclusão desse relatório, podíamos ler que os O.A.N.I. não apresentam nenhum interesse do ponto de vista cientifico.

Não quero discutir o valor que se poderá atribuir a esse relatório, nem o fato de que a conclusão está em contradição com uma boa parte do relatório, e não quero nem mesmo discutir a falta de probidade e de objetividade com que foi conduzido o inquérito (a). Quero simplesmente chamar a atenção para o fato de que o estudo dos O.A.N.I. pode ser de uma grande importância científica, pelo fato mesmo de que parecem contrariar os nossos conhecimentos científicos atuais.

II - A CIENCIA DE HOJE:


Em primeiro lugar, onde estamos no plano científico?

Os progressos realizados nos últimos anos tanto no domínio do conhecimento da matéria como no da vida estão absolutamente extraordinários. Representa-se constantemente a Bomba Atômica como sendo o símbolo da nossa época; mas felizmente este aspecto negativo está longe da verdade e é compensado largamente pelos aspectos positivos.

Por exemplo, o melhor conhecimento das leis da matéria, permitiram progressos extremamente rápidos na eletrônica, até aos computadores ou o laser, esta luz que pode perfurar os metais.

Mas inicialmente, perguntamos: o que é uma teoria ou uma lei cientifica ?. É a tentativa de reunir e de ligar entre si de modo satisfatório e na linguagem lógica ou matemática uma série de fenômenos, a fim de prever esses eventos em condições dadas, ou de poder, enfim, utilizá-los em aplicações práticas. Assim uma teoria cientifica pode ter a aparência de ser satisfatória e eficaz, descrevendo, porém, a realidade de forma muito imperfeita, ou descrevendo somente uma parcela da realidade - a única possível de atingir naquele instante. Os problemas fundamentais debatidos atualmente pelos cientistas são de um alcance por demais grande, tanto para o bem como para o mal da Humanidade. Da mesma forma, têm um grande alcance do ponto de vista filosófico.

Mas iremos insistir mais sobre o aspecto da Física, ainda que as descobertas recentes sobre a vida ou a tomada de consciência da importância da Natureza para o Homem sejam igualmente fundamentais.

Na Física os progressos recentes são espetaculares (5), mas no domínio do conhecimento da matéria não temos obtido grande avanço, nada fizemos senão afastar o problema para mais longe, pois afinal, o que é a matéria?
As partículas que pareciam ser elementares - elétrons, prótons, neutrons - não o são mais e desesperadamente, procura-se uma unidade e um denominador comum para as novas partículas descobertas.

As teorias são numerosas e o elemento humano da vaidade intervém constantemente. A Ciência é feita por homens e portanto não é uma entidade infalível. Que significa esta dualidade que faz associar uma onda a cada grão de matéria ? (7). A luz é aceita como sendo ao mesmo tempo onda eletromagnética e corpúsculo sem massa - o fóton; porém nos consideramos um ou outro aspecto conforme o fenômeno em que a luz intervém. Por que?

É a famosa Relatividade (6), cujo estudo matemático é tão difícil, profundamente ligada ao problema da matéria, do espaço, e do tempo, da energia, da gravitação ? Com efeito, o que é o tempo ? ou o espaço, que pode ser curvo ou em outras dimensões além das três que conhecemos ? E a gravitação, que não seria outra coisa que a conseqüência da curvatura provocada no espaço pela matéria ?

Temos para tudo isso magníficas formulações matemáticas, mas estamos continuamente a procura da equação unitária que poderia ligar tempo, matéria, energia, Gravitação e eletromagnetismo.  Na realidade talvez não estejamos vendo senão uma das numerosas faces do problema, o que anos limita consideravelmente. Com efeito, nada disto tudo leva em conta os extraordinários poderes do psiquismo sobre a matéria: levitação, o andar sobre brasas sem queimar os pés, etc.

Então, se a ciência humana é uma procura contínua e tateante da verdade, conquistando resultados seguros mas provisórios, porque rejeitar fatos que nos parecem impossíveis, quando eles podem ser somente indicação de nossos limites atuais e, talvez, marcos do caminho a seguir?

III- EFEITOS OBSERVÁVEIS EM PRESENÇA DOS O.A.N.I.:


Os casos do O.A.N.I. relatados (8) não são todos - felizmente - em contradição com nossos conhecimentos atuais. Por exemplo, podemos filmá-los ou segui-los no radar. Mas certos fatos observados são um verdadeiro desafio: e são a maioria. Podemos classificá-los em várias categorias: efeitos físico-químicos, fisiológicos, psíquicos e lógicos. No plano físico-químico, partimos de fatos relativamente compreensíveis, como o famoso "efeito eletromagnético" (12) sobre motores, televisão, rádio, etc., para considerar após os efeitos menos evidentes como pressão, buracos no solo, oscilações de avião, calor, queimadura de vegetais e suas raízes, chegando enfim aos efeitos, parecendo contradizer completamente nossas leis mais seguras: acelerações instantâneas, desaparições, curvas em ângulo reto em alta velocidade, desvio de raios luminosos, "tubos" de luz parecendo "sólidos", aparente absorção de feixes de ondas radar, etc.

Quanto aos fatos químicos, se apresentam na maioria dos casos como indícios que provam a ocorrência de algo insólito mas difícil do analisar: "cabelos de anjo", odores, líquidos oleosos, etc. Ao ponto de vista fisiológico, deparamo-nos com queimaduras, irritação dos olhos, doenças da pele, disfunções orgânicas e outras doenças estranhas, paralisias, choques elétricos, sensação de calor ou de frio, etc. No plano psicológico (15) encontramos sensações de reações de terror, irracional, paralisia, perda de sentidos por choque emocional, mas encontramos também reações apaixonadas anti ou pré O.A.N.I., de formações das observações, da sua divulgação, ou ainda, os riscos de psicose alucinatórias, manias ou ceticismo irracional. Enfim no plano lógico nada sabemos sobre suas atitudes, intenções, fugas ou agressões e logística de vôo.

IV - CAMINHOS PARA PESQUISA:


Porque refutar tudo isto como anti-científico, somente pelo fato de que não compreendemos ?

Nossas leis físicas parecem desafiadas por esses fatos; mas não seriam eles, na realidade, casos particulares de leis bem mais gerais ? Penso que seria extremamente interessante, no aspecto científico analisar criteriosamente todos estes efeitos secundários, que poderiam ser o fio de Ariadne nos conduzindo a vias de pesquisas muito fecundas e como tal, importantes para a Humanidade.

Por exemplo, este desprezo aparente às leis da inércia e de gravitação, acompanhado de efeitos barimétricos eletromagnéticos poderiam muito bem nos conduzir à solução do grande problema moderno da gravitação. Os desaparecimentos instantâneos, o pouco caso com referência à distâncias percorridas, poderia nos conduzir para a descoberta de uma realidade com mais dimensões do que supomos.

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Efeitos de luz ou do absorção no radar poderiam ser direções de estudo para um melhor conhecimento sobre as radiações eletromagnéticas. Em fim, tudo isso poderia ser indícios, sinais que nos guiariam pelos caminhos do conhecimento da matéria o da Vida. Os campos psicológicos, fisiológicos e lógicos são, suscetíveis da uma exploração análoga ou positiva para a Humanidade, como por exemplo o trabalho notável de C.G. Jung

V - CONCLUSÃO:


Iremos como exemplo mostrar o que pode ser feito a partir da observação dos O.A.N.I., no sentido do grande problema moderno da gravitação. Vamos inicialmente apresentar uma resenha das hipóteses já emitidas (PLANTIER, CRAMP, e outros) para depois falar de algumas idéias novas desenvolvidas por um grupo do pesquisadores técnicos da A.B.E.C.E. Insistimos no fato de que essas idéias não são teorias científicas, e nem possuem o halo de "quase certeza" que normalmente acompanha as teorias científicas. São apenas direções da pesquisa que poderão ser exploradas, desenvolvidas ou refutadas. Seria necessária a colaboração entre cientistas interessados no problema para atingir a finalidade de alguma coisa construtiva.

Mas antes de abordar esse assunto quero lembrar a importância e o número da pesquisas efetuadas no mundo inteiro, tanto no plano teórico como no experimental, sobre a gravitação. Cujo resultado chega às vezes a surpreender, como por exemplo no artigo da revista italiana muito séria de Física Teórica "Il Nuovo Cimento" ( 1970) sob o título "Conversão de fótons em grávitons, e vice-versa, sob ação de campos eletromagnéticos." É um dos numerosos exemplos, mas esses artigos são quase sempre impossíveis de compreender por uma pessoa sem sólidos conhecimentos matemáticos. As teorias não ortodoxas são também muito numerosas e não têm necessariamente fantasia, pois poderiam perfeitamente conter uma parte da verdade. Assim, concluindo, tentamos ser verdadeiramente científicos, isto é, de espírito aberto, prudentes, humildes e prontos a acoitar os fatos como eles são e não como gostaríamos que fossem.

RESENHA DAS PRINCIPAIS HIPÓTESES JÁ EMITIDAS SÔBRE A NATUREZA DA PROPULSÃO DOS O.A.N.I.

 


Alberto M. Martino
Eng.º Eletrônico

1. INTRODUÇÃO:


Examinando a vasta casuística à disposição dos pesquisadores classificando e comparando os fatos observados, notamos entre outras interrogações, uma que é particularmente intrigante no aspecto tecnológico.
- Como são propulsionados os O.A.N.I.?

Os tipos observados de O.A.N.I. fazem supor uma relativa multiplicidade de processos durante a propulsão na atmosfera. Nesta pequena resenha procuramos dar um panorama das possibilidades entrevistas pelos técnicos que se preocuparam em estudar o assunto. Não entraremos em detalhes e não nos alongaremos em justificações tecnológicas, pois estas estão à disposição na literatura que serviu do fonte ao nosso trabalho.

2. OS PROCESSOS CONVENCIONAIS:


Tudo indica que, quanto à propulsão, podemos dividir o assunto em dois aspectos:

a) viagem cósmica

b) viagens na atmosfera.

Tanto em um como em outro caso as características observadas de velocidade e mobilidade, praticamente alijam as hipóteses "convencionais" de propulsão: isto é, as que se baseiam na expulsão de massa ou energia do sistema, pelo princípio da ação e reação. Isto se refere portanto aos sistemas de propulsão baseados em:

- REAÇÕES TÉRMICAS

- REAÇÓES NUCLEARES

- EMISSÃO DE ÌONS (Campos eletrostáticos)

- EMISSÃO OE FÓTONS

- EMISSÃO DE PLASMA (Campos magnéticos)

(MAGNETOHIDRODINÂMICA)

O estado atual da tecnologia já permitiu que alguns desses processos fossem estudados com suficiente profundidade para conhecer seu alcance e limitações. ( ) É conclusão lógica desses estudos que nenhum dos processos de propulsão seriam suficientes para explicar os fatos observados.

3. OS PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS:


Uma vez esgotadas as possibilidades no terreno conhecido, resta-nos explorar os recursos ainda não dominados, como única possibilidade de construir uma hipótese de trabalho. Como requisitos para que a hipótese seja aceitável, necessitamos que:

1º) Haja um número de postulados mínimo.

2º) Haja ligação imediata com a tecnologia atual.

3º) Sejam explicados os fatos observados.

Há uma certa multiplicidade, tanto de hipóteses não convencionais, como de objetos e suas características: portanto, nada impede que a variedade de fatos observados seja causada por mais de um sistema de propulsão não convencional.

Tanto mais se for admitida como plausível a existência de 2 ou 3 grupos distintos de objetos, com diferentes procedências.

Entre as hipóteses não convencionais, as menos seguras no momento são as que dizem respeito a fatores ou causas "para-normais."

Não são, entretanto, de desprezar as seguintes possibilidades:

1 - PSICOKINESE

2 - MATERIALIZAÇÃO DE ENERGIAS PSÍQUICAS

3 - ILUSÕES PROPOSITADAMENTE PROVOCADAS POR EXTRA-TERRESTRES. Em situação também pouco privilegiada, se encontram as hipóteses que dependem de:

4 - HYPER-ESPAÇOS (espaço com mais de 3 dimensões)

5 - HYPER-DRIVE (velocidade superior à da luz)

6 - VIAGEM NO TEMPO

Não há meios no presente estado dos conhecimentos que permitam especular sobre as tecnologias que tornariam possíveis a propulsão de objetos em tais condições.

A simples aproximação do limite estabelecido pela velocidade da luz, já provoca paradoxos insuperáveis.
É o caso do "paradoxo dos gêmeos", onde um dos gêmeos, voltando de uma longa viagem em velocidade muito próxima à da luz, encontra seu irmão gêmeo mais velho do que ele. Porém, a coisa vai mais longe, pois, como a teoria relativística não estabelece sistema de referência, o caso inverso deveria acontecer (isto é, o irmão viajante deveria ficar mais velho, bastando para isso que se tomasse o seu veículo como sistema da referência. Até hoje ninguém explicou satisfatoriamente este paradoxo, (Corliss pg. 26O). O que é mais um motivo para se continuar pesquisando. As hipóteses não convencionais que permitam análise em nosso nível atual do conhecimento podem ser todas agrupadas sob o título de

PROPULSÃO POR CAMPOS DE FORÇA NATURAIS (1)


a) CAMPO ELETROSTÁTICO
A solução proposta por Adamsky, nas que infelizmente não pode prevalecer, devido à inexistência desses campos no espaço, em virtude da alta condutividade causada pólos prótons livres no espaço interestelar. (Corliss, pg. 257).

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b) CAMPO MAGNÉTICO

Tanto quanto se sabe, não há interação direta entre campos magnéticos e gravitacionais, de modo que não parece impossível anular ou distorcer linhas de campo gravitacional por meio de campos magnéticos. Porém, certos corpos astronômicos têm campos magnéticos próprios. Forçando a passagem de uma corrente elétrica ao longo de uma bobina elétrica, digo condutora, na presença do campo magnético terrestre, poderemos produzir o movimento dessa bobina através do campo. Não existem cálculos precisos sobre a performance desse tipo de sistema (Corliss, pg. 257) de propulsão.

Pode-se estimar entretanto, um impulso específico muito fraco. Não obstante, existe a brilhante hipótese lançada pelo Eng. Leonard Cramp, com base na Teoria da Unidade da Criação devida a Anthony Parker (§§). A idéia fundamental de Cramp consiste em admitir a possibilidade da produção de um "ponto focal" gravitacional (ou repulsivo) a uma distância controlável da nave e com uma intensidade regulavel. ("=)

Essa idéia é desenvolvida magnificamente num dos livros mais minuciosamente técnicos e mais bem documentados que conhecemos sobre o assunto de propulsão de O.A.N.I. Cramp alcança uma coerência extraordinária no desenvolvimento, preenchendo os 3 requisitos indicados no início do item 3.

(1) - ou "CAMPOS DE AÇÃO-À-DISTÂNCIA - Trata-se de aproveitar, a interação à distância de campos de forças naturais, para modificar ou controlar o campo gravitacional, que em si mesmo é um campo natural de ação à distância. Procura-se então produzir propulsão pela troca de quantidade de movimento com o próprio sistema de referencia- (Corliss pg. 255), não havendo portanto expulsão de matéria ou energia com ação e reação. (§§) - A PIECE FOR A JIG-SAW - Leonard Cramp - Somerton - 1967. ("=) - Ao mesmo tempo deixara claro que não se trata do um aparelho "antigravidade", no sentido que desvie o campo gravitacional terrestre, ou o anule.


C) - CAMPO ANTI-GRAVITACIONAL

Várias tentativas infrutíferas têm sido feitas por cientistas para detectar desvios na lei de Newton, e para verificar se "massa de inércia" é igual à "massa gravitacional." Não se espera encontrar materiais que distorçam ou "abriguem" das linhas de força gravitacionais. Assim, confia-se na descoberta de uma suposta "antimatéria" que poderia anular os efeitos gravitacionais. Fala-se também em "grávitons" que seriam "corpúsculos-onda de gravidade", assim como os fótons são "corpúsculos-onda de luz" e cujo controle permitiria o controle da gravidade e que se propagariam a velocidade bem superiores à da luz. Porém, não temos noticia de resultados concretos no assunto embora seja certo que pesquisas aprofundadas estão sendo feitas.

Temos que considerar também os estudos feitos pelo Dr. Banesh Hoffmann, colaborador de Einstein nas equações gravitacionais, que recebeu recentemente um prêmio do "Gravity Research Institute" por um ensaio sobre "massas negativas". Ele afirma : -"Só um imprudente pode afirmar categoricamente que a massa negativa existe.

Entretanto é quase tão imprudente afirmar categoricamente que não existe". De qualquer forma, o conceito permite várias elaborações interessantes pelo Eng. Jean Goupil do GEPA (Phènomenes Spatiaux - Dez. 69) explicando coerentemente muitos dos fatos observados. Reunindo num aparelho uma quantidade da massa negativa rigorosamente igual em módulo à massa positiva, confinada por potentes campos magnéticos obteríamos massa resultante nula: e com energia mínima poderíamos acelerar o conjunto a velocidades relativísticas. Por outro lado, o Prof. Paulo Ferraz de Mesquita, da U.S.P. apresentou nos anais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência ( Vo1.20, No. 2, 1968), uma "prova crucial" da existência específica e experimental de "radiações gravitacionais", na faixa de 0,3A.

D) - CAMPO CÓSMICO

Tratar-se-ia neste caso de alguma forma de energia inerente ao espaço cósmico, ainda não descoberta, e que pudesse ser aproveitada na propulsão dos O.A.N.I. Aqui se situam as hipóteses do Cap. Jean Plantier (***). Em trabalho muito sério e coerente desenvolve em resumo, o que se segue: Inicialmente, ele nota que conforme a técnica e conhecimentos o deslocamento e a propulsão dos O.A.N.I. parece "impossível". Propõe então sua primeira hipótese:

- Somente um campo de forças do tipo gravitacional pode-se aplicar a todos os átomos de um dado corpo, permitido por mudança de orientação e intensidade todos os deslocamentos e efeitos observados.
A energia necessária à propulsão dos O.A.N.I. poderia ser fornecida por uma ENERGIA CÓSMICA, ou Energia do Espaço, quantificada em suas manifestações, embora não concreta e não mensurável, capaz do dar erigem espontaneamente, (em todo lugar do espaço e a partir do "nada" perceptível), a partículas e ondas (estas sim, perceptíveis e mensuráveis). Esta Energia Cósmica seria caracterizada no seu estado inerte por uma espécie da equilíbrio estático de várias componentes, com resultante nula. O rompimento deste equilíbrio provocaria então, a "condensação" da Energia Cósmica em forma de grãos de matéria ou ondas eletromagnéticas. Então, cada ponto do espaço circundante seria sede de uma resultante não nula donde decorreriam os diferentes campos de força ditos "clássicos" (newtoniano, coulombiano, magnético, etc.)

Os O.A.N.I. teriam domínio sobre estes processos, provocando-os de forma "assimétrica" e orientada no embrião das partículas, de onde decorreria a aceleração global (produzida pela aceleração parcial da cada átomo do aparelho). Esta assimetria poderia ser provocada por um campo magnético toroidal. O embrião seria expulso na direção imposta, e sua trajetória configuraria as "linhas da força" do campo envolvente do O.A.N.I.  Teríamos então um campo de forças artificial, do tipo gravitacional, e dirigido, atuando sobre cada átomo do sistema. Eis um exemplo típico do direção de pesquisa a ser desenvolvida, aprofundada e discutida, no plano teórico e prático, com ajuda de equipes científicas dedicadas exclusivamente ao assunto.

A PROBLEMÁTICA DA COMPREENSÃO E CONTROLE DA GRAVITAÇÃOUNIVERSAL

PROPOSIÇÃO DE HIPÓTESES PARA TRABALHOS FUTUROS


Esta é a última parte deste modesto trabalho, e nós mui prazerosamente a dedicamos aos jovens cientistas, cujas preocupações estão voltadas em desvendar os fascinantes Enigmas dos OANIs e do aspecto técnico da propulsão espacial por meio de campos de força naturais.

Dada a grande limitação de tempo a que estamos sujeitos, pedimos nossas sinceras desculpas pelas obrigatórias omissões o cortes necessários à brevidade desta exposição. Esperamos também, ter a felicidade de contar com conhecimentos de física por parte do respeitávelauditório, o que facilitaria a complementação daqueles trechos ou aspectos resumidos, caso não exista esse conhecimento, pedimos um pouco de paciência e pomo-nos à disposição, posteriormente, dos interessados para maiores esclarecimentos.

Há muitos anos vimo-nos dedicando anônima a exclusivamente ao quase e impossível levantamento de dados, documentação e referências, imprescindíveis a elaboração desta obra e, é importante frisar que o tema da mesma, não é de todo original, pois muitos autores o abordaram desde o início deste século. Também não temos a pretensão de apresentar uma obra científica, nem sob o aspecto de teoria, quanto mais de tese, a respeito de problemas não resolvidos por nossos brilhantes cientistas na área da física da astronomia, ou do qualquer outra ciência envolvida no assunto que abordamos neste instante. Também não trazemos nenhuma resposta à problemática da gravitação ou da real natureza dos átomos, se bem que tentamos demonstrar nosso alto interesse ao apontar várias direções à pesquisas. Sentimo-nos porém, autorizados a apresenta-lo, mesmo toscamente, com algumas hipóteses e comentários úteis, que veremos mais adiante.

Naturalmente nosso procedimento não está isento dos perigos e inconveniências de erros ou falsas conclusões agravadas sem dúvida por nossas limitações. Tornou-se claro, que o fenômeno da propulsão dos referidos OANIs, sob o ponto de vista científico e tecnológico, está indiscutivelmente no conhecimento e técnica do controle dos campos gravitacionais e, também de um conhecimento mais profundo da natureza da matéria. Temos então que acusar a singular coincidência de que nossa ciência compreendeu que necessitamos conhecer o fenômeno da gravitação, para poder, não só explicar alguns intrincados enigmas do macro e microcosmo como também desenvolver sistemas mais perfeitos de navegarmos no espaço. Possuímos então, uma interessante relação:

a) surgem os OANIs com enigmas cujas soluções poderão esclarecer inúmeros problemas científicos atuais e,

b) apelarmos para a nossa ciência para explicar os desafios científicos que surgiram aos homens com o advento dos OANIs.

Decidimos, portanto, tomar como ponto de partida o segundo item e escolhemos obviamente, a física, a química, a astronomia, a astronáutica o a tecnologia penetrando além de suas fronteiras e tentando unir os conhecimentos que eventualmente se originassem durante essa exploração. Por conseguinte, essas fronteiras de nosso conhecimento quando, como e através de que meios os cientistas esperam resolver esses problemas e quais são as mais prováveis hipóteses de trabalhos para o futuro, constituirão nosso principal e único objetivo ao longo desta obra.

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Certamente, para podermos explicar o controle dos campos gravitacionais, faz-se necessário formular e responder à crucial pergunta: Como a gravitação interage com a matéria ordinária? E por fim: O que é a matéria afinal? Até que ponto poderemos nos aprofundar na intimidade da mesma? Estará o segredo da gravitação ciosamente guardado em seu seio?

A resposta para todas essas perguntas ainda não foram dadas. Nossa ciência desde Isaac Newton, Albert Einstein, até os atuais cientistas, pouco fizeram para aumentar nossa compreensão sobre o mistério da gravitação e da estrutura da matéria. A gravitação parece estar num isolamento majestoso. Einstein tentou generalizar a gravitação pela Teoria da Relatividade num sistema de equações de uma geometria única, que foi chamada de Teoria do Campo Unificado. Porém o sábio morreu sem ter conseguido produzir nada tão simples e convincente quanto sua Teoria da Relatividade. Inúmeros outros cientistas desenvolveram teorias e hipóteses à luz da relatividade ou não, sem que nenhuma delas tenha sido suficientemente satisfatória para explicar o que é a gravitação. Muitas dessas teorias necessitam de uma melhor comprovação experimental ou da complementação de alguns conceitos básicos ainda não de todo esclarecidos.

A maior dificuldade da Teoria do Campo Unificado, foi a descoberta, na época que Einstein ainda vivia, de duas novas e independentes interações, além de umas trinta outras partículas fundamentais. O problema está, sem dúvida, na compreensão da estrutura atômica da matéria. De qualquer maneira, é uma dificuldade tentar reunir e resumir todas essas teorias por uma só equipe da pesquisadores através dos sistemas de comunicações usuais. Os melhores passos dados no sentido da desvendar o enigma da gravitação é o do Dr. Joseph Weber, físico da Universidade de Maryland, EUA: ele conseguiu detectar, em Dezembro de 1968, as ondas gravitacionais de natureza eletromagnética. Somente seis meses depois é que ele comunicou sua descoberta. Essas ondas foram previstas por Einstein em um artigo célebre publicado Em 1916. O físico P. Dirac quantizou essas ondas em partículas chamadas grávitons, porém, essas partículas sem carga nunca foram detectadas, e é apenas uma possibilidade teórica. Os físicos russos Lev Landau e Yevgheni Lifchitz desenvolveram um magnifico trabalho de matemática superior, com base no cálculo tensorial e na mecânica quântica, visando aperfeiçoar a Teoria Geral dos Campos. Nessa obra, pode-se observar um capítulo inteiro sobre as ondas gravitacionais a sua mecânica de propagação.

Para os pesquisadores do assunto é um trabalho indispensável e básico. R. Arnowitt e P.J. Westervelt publicaram um excelente trabalho sobre ondas gravitacionais, colaborando com o aprimoramento teórico das mesmas. Mas, somos ainda tão ignorantes em relação á gravitação que ainda não sabemos só ela está eterna e estaticamente presente ou, se ela se propaga como ondas. A gravitação continua sendo ainda a mais misteriosa força natural. Ela sempre preocupou os físicos e continuará preocupando por muito tempo, pois ela é diferente de todas as outras conhecidas. A ação da sua força é essencialmente de atração. Mesmo com a hipótese da antigravitação possuir uma certa lógica no estranho mundo da antimatéria, jamais foi possível observar tal repulsão gravitacional.

A força de um campo gravitacional é extraordinariamente e quase inconcebivelmente fraca, apesar de nossa vivência diária com ela induzir-nos-a a pensar o contrário. Nosso singelo campo gravitacional é na realidade formado por quantidades gigantescas de matéria na ordem de milhões e milhões de toneladas. Se considerarmos a gravitação do ponto de vista ondulatório, a energia transportada por tais ondas, avaliada por meio de cálculos específicos, seria de um milionário de HP, para todas as ondas geradas pelo nosso planeta, de 1/2 HP para o sistema solar inteiro. Essa quantidade de energia nos aproxima do sol um milionésimo de centímetro em cada bilhão de anos. Isso é perfeitamente natural se considerarmos que as ondas gravitacionais possuem uma freqüência de somente um ciclo por hora. Em tempo queremos lembrar que as ondas comuns de rádio e TV se propagam à algumas dezenas de milhões de ciclos por segundo.


Necessitaremos, no futuro, de uma grande eficiência no isolamento para poder obter progressos na pesquisa da gravitaçäo. E certamente não faremos grandes desenvolvimentos nesse sentido até que nossos laboratórios subam até o espaço, ou viajem por laboratórios orbitais não tripulados. Muitas das medidas podem ser perturbadas pelo ruído de fundo. O mistério da propulsão física dos OANIs permanecerá sempre um mistério até que obtenhamos uma resposta convincente do que seja a gravitação ou qual será, finalmente, a verdadeira estrutura da matéria, uma vez que tudo leva a crer que a mesma terá sua explicação dentro de obscuro e enigmático núcleo atômico. E quando obtivermos essas respostas, partiremos então para a criação tecnológica da um provável gerador gravitacional. E como seria essa gerador?

Nossa ciência ainda não pode dizer com ele seria, mas, nada nos impede de imaginarmos os princípios de tal dispositivo. Ocasionalmente ouve-se noticias que grupos de cientista estão pesquisando o problema de controle da gravitaçäo, ou a "antigravidade", mas, em verdade são atualmente mal-entendidos da imprensa. Por volta do ano de 1953, o governo canadense vinha trabalhando num projeto denominado Projeto Magneto, que era a tentativa de obter um meio de locomoção por forças magnéticas ou eletromagnéticas. Esta questão merece um pequeno comentário:

O campo magnético da terra, às vezes é citado como meio potencial de energia. O campo magnético terrestre possui varias limitações. E ele é tão fraco que não compensa sequer levá-lo em consideração. Um pequeno imã que os garotos gostam de brincar é muitas vezes mais forte do que o campo magnético da terra. A propulsão magnética é muito mais improvável do que gravitacional, a despeito de alguns comentários otimistas a respeito. Uma teia de aranha é mais forte do que as forças magnéticas terrestres. Uma única possibilidade: se um veiculo anular seu peso, poderia, através de campos eletromagnéticos orientados, navegar sobre linhas de força magnéticas, no sentido norte-sul. Mas esse apenas seria um meio do navegação e controle e não propulsão, propriamente dita. Pelo menos 14 universidades americanas e outros centros de pesquisa trabalharam no sentido da possibilidade do controle da gravitação. A indústria aeroespacial empenhou-se no mesmo objetivo. Milhões de dólares foram gastos para tais pesquisas, intituladas de pesquisas básicas.

A "Convair" da costa ocidental, a "Glenn L. Martin Aircraft Co." de Baltimore, NY,a Sperry Gyroscope Co., da Grat Neck, L.I. e outras, mantiveram equipes de pesquisadores e engenheiros investigando esse problema. Uma revista da Scientific American de 1962 apresentou, certa vez, fotos de tais atividades. No panorama atual da Astronáutica, os cientistas desenvolvem sistemas de propulsão avançados, tais como, motores a íons e a plasma. No dia 8 do fevereiro de 1956, o Dr. Eugen Sanger, deu uma conferencia histórica sobre os foguetes fotônicos, nas dependências do salão da Prefeitura de Freudenstadt, Alemanha, durante o Primeiro Congresso Internacional do Instituto do Pesquisas de Stuttgart de Física de Jato Propulsão.

O Homem conseguiu colocar sobre bases teóricas, naves que viajariam a velocidades próximas à da luz, com impulsos específicos infinitos. Posteriormente, foram também consideradas as naves de propulsão através de Campos de forças naturais, por uma equipe de físicos norte-americanos, que declaravam ser uma nave dessas plenamente possível, apesar de estar além do nosso presente conhecimento, seu principio de propulsão. Poucos cientistas competentes, no nosso atual grau de desconhecimento e obscuridade, resolveriam conscientemente tentar encontrar uma maneira de domar a gravidade. Na realidade, alguns físicos e matemáticos, menos pretenciosamente, buscam achar noções, conceitos, e informações básicas, sobre a natureza da força gravitacional.

Será admirável e prodigioso, se algum dia, essa intensa pesquisa conduzir a algum meio de controlar a gravitaçäo. Mas não cremos que muitos dos especialistas que estudam esse assunto acreditam que se consiga isso. Ao contrário da Teoria Quântica, a Teoria Gravitacional de Einstein continua ainda hoje praticamente na mesma situação em que estava a 60 anos atrás. Enquanto que milhares de cientistas estudam e desenvolvam as inúmeras divisões da Teoria dos Quantas e suas aplicações em diverso setores da pesquisa experimental, somente alguns poucos continuam dedicando seu tempo e a sua paixão a um maior desenvolvimento do estudo da gravitação. Pelo manos temporariamente, não podemos gerar nenhum campo gravitacional. A única maneira parece ser através da presença de matéria. Nossa tecnologia pode gerar forças magnéticas ou elétricas centenas de vezes mais poderosas, com ínfimas quantidades de ferro ou cobre. A excessiva debilidade das forças gravitacionais fez com que se torne mais misteriosa e exasperante a nossa total falta de capacidade de controlá-la. Se nosso planeta inteiro gera ondas gravitacionais na ordem de um milionésimo de HP, qualquer gerador que o homem venha a fabricar será, sem dúvida, bilhões de vezes mais fraco.

A questão, então, parece se alterar o campo gravitacional existente. Muitos inventores esperançosos, surgem de quando em quando, com máquinas e geringonças mecânicas ou elétricas, contendo volantes, molas e pesos oscilantes, convictos de que tais processos funcionam, e sentem-se incrédulos ao perguntar porque os cientistas não pensaram na mesma coisa. Por certo, eles (os cientistas) deverão estar muito ocupados. De qualquer maneira, poderemos estar 99,9% certos de que eles estão errados, e sermos completamente incapazes de prová-lo. Se o controle da gravitaçäo algum dia vier a ser obtido, com toda a certeza resultará de processos muito mais complexos do que aparelhos mecânicos, e talvez será encontrado como subproduto da pesquisa em alguma área totalmente inesperada da física.

Não confundamos, produzir pesos artificiais, com produzir gravidade. O primeiro é obtido através de movimentos de satélites espaciais para algum fim especifico, enquanto que o segundo é um processo desconhecido. É digno de observação a ultracentrifuga Beams utilizada em laboratórios químicos para separar misturas. Ela gira com a fantástica velocidade de um milhão e quinhentas mil revoluções por segundo (não por minuto) e produz forças de mais de um bilhão de gravidades.
Estamos diante do singular fato de termos superado a própria natureza, uma vez que dificilmente iremos encontrar campos gravitacionais algumas centenas de milhares de vezes mais poderosos que o da terra no Universo. Podemos, então, imitar a gravidade, mas não colocá-la sob controle. Não sabemos neutralizar ou eliminá-la.

A autêntica levitação ainda é sonho. O que conseguimos foi o helicóptero, o balão, o veiculo de vôo vertical (à hélice) e o veiculo de colchão de ar. Todos caros, ineficientes, barulhentos e perigosos. O que desejamos é algum meio delicado, perfeito, eventualmente elétrico ou atômico, de anular a gravidade ao simples girar de uma chave de contato. Nada indica que exista uma impossibilidade fundamental a propósito de tal tipo de máquina, não obstante o descrédito de alguns físicos anteriormente citados, pois, ainda assim, estaria obedecendo a algumas leis naturais bem estabelecidas. O importante, realmente, é não violar a lei da conservação da energia,que diz ser impossível obter algo de nada. Esse princípio põe por terra a idéia da "carvorita", no romance de H.G. Wells, que um material utilizado para isolar a nave da gravidadeterrestre e levá-la à Lua. Era um material opaco à gravitaçäo, que podia ser movido como uma persiana abrindo e fechando fora da nave, estabelecendo um controle de direção. A idéia a principio é fascinante, mas, infelizmente não funciona. Teríamos com isso um moto perpétuo, uma fonte ilimitada de energia, o que implicaria numa contradição física. Podemos também idealizar nosso gerador através de massas negativas, ou de substancias feitas de antimatéria, diferente de massas negativas. A antimatéria é um dos grandes enigmas do momento, e sua existência é defendida por inúmeros físicos. As massas negativas evitariam obstinadamente nosso planeta, enquanto que a antimatéria, conjunto de partículas e átomos com cargas elétricas contrárias às que formam nosso mundo, necessitariam da grandes quantidades de energia para serem transportadas até a Terra, sem contar com o problema do que quando essa substancia encontraria nosso mundo, provocaria uma tremenda reação de aniquilamento, com liberação de energias muitas vezes mais violentas do que a bomba de hidrogênio.

Deixando provisoriamente as massas negativas e a antimatéria de lado, dada as dificuldades que teríamos ao manipula-las, passamos a outro conceito: talvez seja possível "desgravitizar" a matéria ordinária, através de alguns processo novo como fazemos ao imantarmos um pedaço de ferro. Mas, também nesse caso, teríamos que desenvolver uma enorme energia, como por exemplo, uma tonelada de matéria "desgravitizada" eqüivaleria a energia necessária para eleva-la totalmente fora do nosso planeta. Esta claro, pois, que não haveria vantagens. Temos que pagar um preço muitas vezes caro, para podermos sair da Terra e nos tornarmos imponderáveis.

De todas essas possibilidades, um neutralizador de gravidade ou desgravitizador, parece ser o mais lógico e esperado. À priori, esse aparelho, abastecido por alguma fonte de energia externa, eliminaria a gravidade assim que fosse acionado. Como se pode observar, teríamos não só a ausência do peso, mas também propulsão. O gerador em questão poderia torcer artificialmente um campo gravitacional em 90 graus. Uma das conseqüências mais interessantes é a da aceleração. Quando estamos num carro a alta velocidade, sentimo-nos espremidos contra o encosto do assento, devido à aceleração, porém isso não ocorreria em um veiculo que pudesse ter controlado o campo gravitacional.

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Ao sermos acelerados por um campo gravitacional, seja qual for a intensidade desse campo, não teríamos nenhuma sensação de pressão física pois esse campo gravitacional da nave agiria sobre cada átomo de nesse corpo, um por um, inclusive o assento, o chão e os Instrumentos. Esse estranho comportamento nos permitiria acelerar em qualquer direção, tendo como limite a reserva de energia da nave, sem sentirmos nada de anormal. É uma espécie de impulso sem inércia. Perdoe-nos c termo aparentemente contraditório. Poderíamos também parar e sair repentinamente. Estaríamos seguros de qualquer esmagamento, no sentido virtual desse processo. As manobras também seriam anormais; poderíamos dar voltas em ângulo reto, ou curvas fechadissimas. Um vôo desse tipo teria que ser programado num computador eletrônico, pois os reflexos de qualquer piloto seriam lentos demais. Com um dispositivo desses, saberíamos também como controlar o tempo. Pelo que sabemos, seriam necessárias forças titânicas afim de gerar diminutas distorções do tempo. Aventou-se a possibilidade de que o tempo poderia ser quantizado, e assim explicar a gravitação os únicos trabalhos nesse sentido foram executados pelos russos. Vamos aguardar os futuros resultados sobre as possibilidades de controle e quantizaçäo do tempo.

PARTE 2