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O Simbolismo do Morcego

simbmor1O morcego possui, por um lado, simbolismos negativos e por outro positivos. No ocidente, a simbologia do morcego está mais associada à morte, trevas, magia negra e bruxaria, enquanto no oriente, principalmente na China, o morcego é símbolo de felicidade e de renascimento. Simbologia de morcego Com uma cabeça que se assemelha a de um cão e com asas, o morcego possui uma aparência ambígua. Ambígua também é a simbologia que o morcego adquiriu em diferentes culturas, com significados positivos e negativos. Nas culturas ocidentais em geral, o morcego possui uma simbologia negativa e está associado a universos sombrios, à morte e à noite. A imagem do morcego está relacionada ao vampiro, o Príncipe das Trevas, por ser um animal que suga o sangue de outros. O morcego também simboliza o mal, e está relacionado ...

à imagem do Diabo quando este é representado com asas, a bruxaria e a magia negra.

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Por outro lado, o morcego também carrega uma simbologia positiva. Além de estarem associados à morte e a trevas, o morcego também representa o renascimento. Já para os chineses, o morcego simboliza renascimento, felicidade, sorte e vida longa. Para os chineses, o morcego é um animal inteligente e sábio, para eles o morcego voa de cabeça para baixo por causado o seu avantajado cérebro. A imagem do morcego também é usada como amuleto de sorte e proteção. O morcego simboliza, por ser um animal noturno, o desafio de atravessar a escuridão, enfrentando as dificuldades, para encontrar o caminho da luz e do bem. O morcego faz parte do imaginário do Dia das Bruxas. Conheça outros Símbolos do Halloween!

 

 

Morcego vampiro

O morcego vampiro é uma espécie de morcego que tem como principal fonte de alimentação o sangue, ou seja, são hematófagos. Justamente por sugar sangue, mas também devido à sua aparência para muitos assustadora, o morcego está relacionado com a imagem do vampiro. Apesar das pessoas não saberem identificar de qual tipo de morcego estão diante, o imaginário que prepondera é a imagem negativa e maléfica do morcego.


O Simbolismo dos Morcegos

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Os morcegos são símbolos do renascimento – o enfrentamento dos medos e renascer. Através deles aprendemos a liberar o medo e qualquer coisa que não se encaixa com o nosso crescimento. Os morcegos, infelizmente, desenvolveram uma série de simbolismo negativo. Os chineses foram uma das poucas exceções, pois para eles, o morcego simboliza boa sorte e muita felicidade. Eles também afirmaram que o morcego voa de cabeça para baixo por causa do peso dos seus cérebros. Na Babilônia, os morcegos eram símbolos dos mortos. Maias viam como símbolos de iniciação e renascimento. Os morcegos também têm sido vistos como dragões em miniatura.

Porque era magicamente poderoso por si mesmo, o morcego, muitas vezes serviu como um amuleto de proteção ou amuleto contra as forças do mal, e como amuleto da sorte. Entre os Hessians na Alemanha, foi aceita uma crença de que o coração de um morcego ligado ao braço de um jogador por um fio vermelho garantia o sucesso nas cartas – uma crença comum também no sul dos Estados Unidos. No Tirol austríaco, o possuidor do olho de um morcego poderia tornar-se invisível.

O morcego se tornou não só o animal totem dos homens de uma tribo aborígine em Novo Gales do Sul, mas também seu símbolo sexual. Uma associação de idéias similares levaram meninas do centro europeu a seduzir seus relutantes amantes por meio da adição discreta de algumas gotas de sangue de morcegos a cerveja do seu amado. Os morcegos têm ocasionalmente sido homenageados com o status de deuses, a divindade suprema de alguns dos índios da costa do Pacífico americano sendo Chamalkan o morcego. Os poderoso deus morcego de Samoa, invariavelmente, assumiu a liderança quando as tribos marcharam para a guerra. Nas lendas de diversas tribos norte-americanas ao morcego é dado o inesperado papel de herói e campeão cavalheiresco da humanidade em perigo.

Um livro chamado “Popol Vuh’’ foi descoberto no século 17. Dentro dele é um conto de dois irmãos que estavam sendo testados. Um teste levou-os a um enorme labirinto de morcegos supervisionado por Camazotz, o deus dos morcegos. Ele tinha o corpo de um ser humano, a cabeça e asas de morcego, e carregava uma grande espada pela qual ele iria decapitar negligentes andarilhos. É uma história simbólica, com imagens que refletem a transição. Ela implica uma perda das faculdades, se alguém está incauto das mudanças de transição. Ele também mantém a promessa de renascimento e saída das trevas. O morcego é um símbolo do desafio de abandonar o velho e criar o novo – morte e renascimento. Para muitos isso é angustiante, há muita negatividade em torno disso. Eles simbolizam o enfrentamento dos temores – de entrar no escuro, no caminho para a luz.

Uma antiga crença européia era de que as almas humanas assumem a forma de um morcego quando saem do corpo durante o sono. Isto levou à crença de que os pagães mortos podem tornar-se morcegos, procurando os meios de renascimento ou do sangue de vida (claro, sendo um link para a imagem do vampiro). Arte cristã européia deu a demônios asas de morcego, um eco de imagens anteriores. Um afresco 1350 em Campo Santo, em Pisa, mostrou a deusa da morte como uma mulher de cabelos compridos com uma foice, voando sobre o mundo nas asas de morcego. A descrição dela era “velha sombra da Terra, a sombra antiga do inferno”.

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Morcegos como totens representam uma capacidade de discernir a mensagens ocultas e as implicações das palavras de outras pessoas. Ouça tanto quanto o que não está sendo dito. Confie nos seus instintos. O nariz é o órgão de discriminação, e com o seu sonar localizado no seu nariz, o morcego reflete a capacidade de discriminar e discernir a verdade das palavras de outras pessoas.


Os Poderes do Morcego

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O Morcego é um animal com asas de aspecto de couro e de aparência hedionda, uma criatura das sombras infernais. Uma espécie – o morcego-vampiro – é notório sugador de sangue. As características físicas do morcego e sua habilidade aparentemente sobrenatural de perseguir suas vítimas na escuridão completa são largamente responsáveis pela reputação aterradora, que adquiriu através dos séculos, como uma criatura de poderes ocultos.

O Morcego assumiu algumas qualidades de dois símbolos:

o pássaro (símbolo da alma), e o demônio (criatura das sombras) e tem sido representado no folclore como feiticeiro e amigo, como fantasma e diabo, e ocasionalmente, como deus tribal. Os chineses, preferindo uma posição mais amena em relação ao morcego, afirmam que ele voa com a cabeça baixa por causa do peso de seu cérebro. Êsopo descreve o vôo noturno como tentativa de fugir de seus credores. Mas na maior parte do mundo, o morcego é tido como uma criatura horrível , misterioso ente da noite, símbolo da morte para os irlandeses, fantasma para os índios da Colúmbia Britânica e a corporificação dos mortos para os negros da Costa do Marfim.

Uma criatura da escuridão, o morcego há muito vem sendo associado ao diabo, numa forma de horror que é difícil afastar, mesmo entre os civilizados. Na Europa, Ásia e América, o aparecimento repentino de um morcego numa casa é predição da morte de um de seus ocupantes. Na China, contudo, o morcego simboliza uma vida longa e cheia de êxitos. Na Idade Média, era indiscutível a crença de que o diabo constantemente assumia a forma de um morcego e, por causa disso, ainda hoje, os camponeses da Sicília queimam os morcegos vivos ou os pregam de asas esticadas, em suas portas.

Espírito maligno em nosso corpo

Espíritos malignos em forma de morcegos, segundo se acreditava, podiam entrar em nosso corpo: e só era possível expulsá-los com a ação de exorcistas consagrados. Os curandeiros-feiticeiros da Nigéria, que são grandes cultores dessa arte, habilmente retiram morcegos e sapos pela boca do paciente, por acaso atacado por esses males. Entre os negros dos Estados Sulinos dos Estados Unidos, maus espíritos são arrancados do corpo humano e injetados no corpo de morcegos, que fogem para o vale das sombras com sua carga macabra.

Na obra Remaines of Denis Granville, há uma anedota que descreve o seguinte: um cirurgião, um assistente e um padre atendem a um paciente, profundamente atacado de melancolia. Enquanto o padre reza, o cirurgião faz uma pequena incisão no lado do paciente e, ao mesmo tempo o assistente liberta o morcego que havia trazido numa caixa escondida. O paciente acredita que o mau espírito foi arrancado de seu corpo e sara. No Brasil essa anedota tem uma continuação: “meses mais tarde o cirurgião explica ao paciente que tudo fora uma encenação, porque notaram que o seu mal era psíquico e não físico”. Aí o paciente começa a ficar de novo doente, dizendo: “Por isso é que eu ainda sinto o morcego voar dentro de mim”.

La Voisin, a feiticeira e aborticionista do século 17 na França, usava sangue de morcego para suas missas negras. Uma coisa hedionda encontrada as vezes em rituais dessa natureza era um morcego que havia sido afogado em sangue, recurso usado para libertar energia psíquica. E o sangue de morcego era constantemente mencionado como elemento decisivo para o vôo das feiticeiras (uma espécie de gasolina enfeitiçada) que lhes dava a habilidade do animal para suas revoadas das trevas.

Por causa de sua condição de detentor de poderes mágicos, o morcego foi tido, por muito tempo, como um amuleto protetor contra a malignidade do diabo, e como um elemento para atrair a sorte. Em certas partes da Alemanha, acreditava-se que o coração de um morcego, atado ao braço com um cordão vermelho, traria ao portador, sorte nos jogos de cartas. No Tirol austríaco, o feliz dono de um olho esquerdo de morcego podia tornar-se invisível aos outros no momento em que quisesse.

Algumas gotas de sangue mágico

O morcego tornou-se não apenas o animal encantado dos homens de uma tribo de Nova Gales do Sul, como seu símbolo sexual. A mesma associação de crenças levou donzelas da Europa Central a conseguir a conquista dos namorados, usando algumas gotas de sangue de morcego em seu copo de cerveja. O morcego foi, muitas vezes, adorado como entidade divina: era o deus supremo de índios americanos da costa do Pacífico. Eles o chamavam de Chamalkan. O poderoso deus-morcego de Samoa invariavelmente liderava o grupo, quando se marchava para a guerra. Na Europa, de acordo com uma velha lenda, o morcego entrou na guerra entre animais e pássaros, mas em dúvida quanto ao lado que seria de fato seu, lutou por ambas as partes.

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Nas lendas de muitos índios americanos da região Norte do país, o morcego aparece na surpreendente situação de herói galante, defensor desprendido da humanidade em crise. A mais alegre e positivamente mais virtuosa versão dessa crença está sem dúvida, na moderna figura dos heróis americanos das estórias em quadrinhos, o Batman.

Radar e diabo lado a lado

Na Inglaterra entre os camponeses, era crença que o morcego furtava filé das casas entrando pela chaminé. Por isso uma canção popular dizia: “Vem morcego da chaminé, que lhe dou um pedaço de filé” Ainda na atualidade, o sangue de morcego é usado na magia negra, especialmente quando se deseja ferir inimigos. Apesar da ciência saber o que faz o animal voar às cegas, no escuro, sem bater em nada, continua a idéia do diabo sempre associada à do morcego. Ele voa na escuridão, com movimentos certeiros, porque é capaz de sentir obstáculos, da mesma forma que o radar.

Os caboclos brasileiros sabem como pegar morcegos: fincam uma fina vara de bambu no chão e agitam freneticamente. A parte de cima da vara produz ruídos muito agudos, alguns dos quais inaudíveis ao ouvido humano. O morcego recebe os sinais e voa na direção da vara, bate e geralmente morre. Além da aversão natural que o animal provoca, as mulheres tem outra razão para impedir que o morcego se aproxime de seus cabelos: pode enrolar-se neles e somente será dali tirado com o uso de uma tesoura, manipulada por um homem. Também aí nessa superstição há implicações sexuais, eróticas, pela associação homem-mulher. Em muitos lugares, no entanto, o morcego pode indicar acontecimentos bons: Na Inglaterra, em certas áreas agrícolas, o vôo do morcego ao entardecer, é sinal de tempo bom pela frente.


Fonte: https://www.dicionariodesimbolos.com.br
http://www.likeacat.com
Revista: Homem, Mito e Magia. Vol. I nº VI Pág. 124 a 126. Editora 3. São Paulo. 1973