TEMAS INEXPLICADOS

Combustão Humana Espontânea - Parte 1

combustaoa2Definição: A combustão humana espontânea (CHE) é o processo pelo qual um corpo humano arde em resultado do calor gerado por ação química interna. Incêndios estarrecedores que intrigam bombeiros, investigadores, e peritos, corpos incinerados a mais de 1300° Celsius e reduzidos a uma pilha de cinzas sem sinal de material ígneo. Esses são os fatos da pirocinesia, ou combustão espontânea, um dos fenômenos mais desconcertantes de natureza paranormal. Com violência e uma velocidade espantosa, chamas intensas e inexplicáveis podem consumir em minutos, residências e corpos humanos. Os céticos não acreditam ...

que haja casos de CHE bem documentados, embora haja algumas centenas de histórias acerca de pessoas e cadáveres que entraram em combustão espontânea.Muitas delas são relatórios de policiais perplexos com corpos parcialmente queimados junto a tapetes ou mobílias intactas.   Que mais pode ser? Perguntam. Bem, porque não um cigarro aceso deixado cair sobre a roupa, ou alguém que incendeia a vitima. A maior parte destas vitimas são idosos que podem ter sido queimados pelos seus assassinos ou que acidentalmente atearam fogo a si mesmos.


Caso Mary Reeser

 

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A viúva Mary Reeser era uma mulher gorda, de 77 anos, que vivia sossegadamente numa modesta mas agradável habitação de Sampetersburgo, Florida. Na manhã de 2 de Julho de 1951, chegou um telegrama para ela. A senhoria, que vivia no mesmo edifício, tentou entregar-lho, mas não recebeu resposta de Mrs. Reeser. Experimentou rodar a maçaneta da porta, mas esta estava tão quente ao toque, que a fez soltar um grito de dor.


Havia dois pintores a trabalhar ali perto e a senhoria chamou-os e pediu-lhes que arrombassem a porta. Os homens meteram-lhe os ombros e, com um estalar de madeira, a porta abriu-se, mas tiveram todos de recuar ante uma onda de calor que parecia provir de uma fornalha. Porém, quando, momentos depois, entraram cautelosamente na habitação, não havia sinais do inferno de chamas que esperavam encontrar, tudo o que puderam ver foi uma fraca chama lambendo a parede divisória que os separava de pequena cozinha do apartamento.


Apagaram-na com facilidade e espreitaram para a cozinha.


A proprietária da casa esperava ver a Mrs. Reeser, talvez adormecida na sua cadeira de braços, mas o que restava da cadeira eram apenas algumas molas dos estofos... e de Mrs.


Reeser alguns ossos irreconhecíveis e carbonizados, um crânio reduzido a metade do seu tamanho original por causa do intenso calor e uma única chinela de cetim com um pé cuja a perna ardera até ao tornozelo...


Os utensílios plásticos que se encontravam na cozinha haviam derretido e um espalho estilhaçara-se com o calor. No entanto, todos os outros sinais demonstrativos de que houvera um fogo limitavam-se a uma pequena área de soalho chamuscado, pois até um jornal que se achava ali perto estava absolutamente intacto.


Num inquérito oficial levado a efeito sobre a morte de Mrs Reeser, os especialistas confessaram-se inteiramente perplexos: as chamas que lhe consumiram o corpo atingiram uma temperatura superior aos 1300 graus centígrados que eram necessários para incinerar os corpos no crematório da cidade, mas o fogo não alastrara a mais do que alguns centímetros em volta do corpo da velha senhora. Não fora encontrada qualquer causa para o incêndio e a sugestão da Polícia de que Mrs. Reeser adormecera enquanto fumava e pegara fogo às roupas foi ridicularizada no tribunal pelo patologista.


Uma reação química no corpo?


A combustão humana espontânea (CHE) é um fenómeno no qual o corpo de uma pessoa entra em combustão, não provocada por uma fonte externa de ignição.

Embora o fenômeno não seja compreendido cientificamente, alguns estudiosos sugerem como causa uma reação química do corpo. Modernamente, as duas explicações mais comuns para o fenômeno são o chamado "efeito pavio" e um tipo raro de descarga elétrica estática.


História


O primeiro relato conhecido de um caso de CHE é de autoria do anatomista dinamarquês Thomas Bartholin que, em 1663, descreveu como uma mulher, em Paris, "foi reduzida a cinzas e fumaça" sem que o colchão de palha em que dormia, fosse danificado pelo fogo.

Pouco depois, o francês Jonas Dupont relatou uma série de casos semelhantes, na obra "De Incendiis Corporis Humani Spontaneis" (1673).

No segundo quartel do século XIX, M. J. Fontelle reviu alguns casos perante a Academia Francesa de Ciências (1833), tendo observado que as vítimas tendiam a ser mulheres idosas que consumiam bebidas alcoólicas e que os danos do fogo não se estendiam aos materiais inflamáveis como alcool ou querosene próximos ou mesmo no corpo delas.


Características


Os casos de CHE narrados desde então apresentam algumas características em comum:

a vítima é quase completamente consumida pelas chamas, geralmente no interior da própria residência;
os primeiros a encontrar os corpos carbonizados relatam ter percebido o cheiro de uma fumaça adocicada nos cômodos onde o fenómeno ocorrera;

os corpos carbonizados apresentam as extremidades (mãos, pés e/ou parte das pernas) intactas, mesmo que o dorso e a cabeça estivessem irreconhecíveis;

o cômodo onde o corpo é encontrado mostra pouco ou nenhum sinal de fogo, salvo algum resíduo na mobília ou nas paredes.
 
Em casos raros:

os órgãos internos da vítima permaneciam intactos, enquanto a parte externa era carbonizada;

alguns sobreviventes desenvolveram queimaduras estranhas no corpo, sem razão aparente para tal, ou emanaram fumaça sem que existisse fogo por perto.

PARTE 2