SÍMBOLOS E OBJETOS

Suástica

suasticaGeometricamente a suástica pode ser definida como um icoságono (polígono de 20 lados) irregular. Os "braços" têm largura variável e são freqüentemente retilíneos (mas isto não é obrigatório). As proporções da suástica nazista, entretanto, eram fixas: foram fixadas numa grade 5x5. Uma característica fixa é a rotação em 90º de simetria e não eqüilateral – portanto com ausência de simetria reflexiva entre as suas metades. A suástica é, depois da cruz eqüilateral simples ...

(a "cruz grega"), a versão mais difundida da cruz. Visto como uma cruz, as quatro linhas que emanam do ponto de centro às quatro direções cardeais. A associação mais comum é com o SolOutras correspondências propostas visível do céu noturno são à configuração da constelação da Ursa Menor no Hemisfério Norte, com respeito a sua rotação ao redor da Estrela Polar.  A suástica ou cruz gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos aos Hindus. Alguns autores acreditam que a suástica tem um valor especial por ser encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras. Os símbolos a que chamamos suástica possuem detalhes gráficos bastante distintos. Vários desenhos de suásticas usam figuras com três linhas.

A nazista tem os braços, apontando para o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a figura de modo a um dos braços estar no topo. Outras chamadas suásticas não têm braços e consistem de cruzes com linhas curvas. Os símbolos Islâmicos e Malteses parecem mais hélices do que suásticas. A chamada suástica celta dificilmente se assemelha a uma. As suásticas Budistas e Hopi parecem reflexos no espelho do símbolo Nazista. China : Símbolo da orientação quádrupla que segue os pontos cardeais. Desde 700 d.C., ela assume ali o significado de número dez mil. No Japão, a suástica (dmanji) é usada para representar templos e santuários em mapas. A suástica usada como símbolo do Budismo e que significa "bons ventos", utilizada por Adolf Hitler, devido à sua aparência como uma Engrenagem, supostamente para simbolizar sua intenção de uma Revolução Industrial na Alemanha que explorasse a energia de todos os ventos Heron de Alexandria. Outro significado atribuído à suástica é "boa sorte", do sânscrito, contudo a suástica e outros símbolos que usavam estrelas de seis pontas e crescentes já eram muito usados na heráldica dos nobres da Polônia, que na época, recebiam e transferiam, uma grande influência da cultura oriental aos alemães, mas foi em 1957, que o governo alemão criou uma lei pela qual a exibição da suástica em bandeiras, documentos e pinturas era expressamente proibida; leis similares foram então sendo adotadas em alguns países no sentido de inibir qualquer tipo de associação ao regime nazista fato esse que prejudicou os estudos voltados ao símbolo e somente agora com uso da Internet o tema volta a tona tornando-se uma figura de destaque.

A imagem da cruz suástica foi primeiro utilizada no Período Neolítico, na Eurásia. Foi também adotada por nativos americanos, em diversas culturas, sem qualquer interferência umas com as outras. A Cruz Suástica também é utilizada em diversas cerimônias civis e religiosas da Índia: muitos templos indianos, casamentos, festivais e celebrações são decorados com suásticas. O símbolo foi introduzido no Sudeste Asiático por reis hindus, e remanescentes desse período subsistem de forma integral no Hinduísmo balinês até os dias atuais, além de ser um símbolo bastante comum na IndonésiaO símbolo tem uma história bastante antiga na Europa, aparecendo em artefatos de culturas européias pré-cristãs. No começo do século XX era largamente utilizado em muitas partes do mundo, considerado como amuleto de sorte e sucesso. Entre os nórdicos, a suástica está associada a uma Runa, Gibur, ou Gebo. Desde que foi adotado como logomarca do Partido Nazista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao fascismo, ao racismo, à supremacia branca, à II Guerra Mundial e ao Holocausto na maior parte do Ocidente. Antes ela havia reaparecido num reconhecido trabalho arqueológico de Heinrich Schliemann, quando descobriu esta imagem no antigo sítio em que localizara a cidade de Tróia, sendo então associada com as migrações ancestrais dos povos "proto-indo-europeus" dos Arianos. Ele fez uma conexão entre estes achados e antigos vasos germânicos, e teorizou que a suástica era um "significativo símbolo religioso de nossos remotos ancestrais", unindo os antigos germânicos às culturas gregas e védicas.

Os nazistas utilizaram-se destas idéias, desde os primórdios dos movimentos chamados "völkisch", adotando a suástica como símbolo a "identidade ariana" - conceito este referendado por teóricos como Alfred Rosenberg, associando-a às raças nórdicas - grupos originários do norte europeu. A suástica sobrevive como símbolo dos grupos neonazistas ou como forma de alguns grupos de ativistas ofenderem seus adversários. Mas também sobrevive como símbolo de sociedades esotéricas, como é o caso da sociedade Teosófica. A suástica é um dos símbolos sagrados do hinduísmo há pelo menos um milênio e meio. Ela é usada ali em vários contextos: sorte, o Sol, Brahma, ou no conceito da "samsara". O budismo particularmente teve grande penetração noutras culturas, em especial no Sudeste da Ásia, China, Coréia, Japão, Tibete e Mongólia desde fins do primeiro milênio. Supõe-se que o uso da suástica pelos fiéis "Bom" do Tibet, e de religiões sincréticas como a "Cao Daí" do Vietnã , e "Falun Gong" da China, tenha sido tomado emprestado ao budismo. Da mesma forma, a existência da suástica como símbolo do Sol entre o povo "Akan" – civilização do sudoeste da África, pode ter sido igualmente resultado da transferência cultural em virtude do tráfico escravista por volta do ano de 1500.

A suástica é encontrada, dos índios Hopi, aos Astecas, Celtas, Budistas, Gregos, Hindus, etc. As suásticas Budista e Hopi parecem reflexos no espelho do símbolo nazista. Alguns autores acreditam que a suástica tem um valor especial para ser encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras. Os símbolos a que chamamos suástica são muitas vezes bastante distintos. Vários desenhos de suásticas usam figuras com três linhas. Outras chamadas suásticas consistem de cruzes com linhas curvas. Os símbolos islâmicos e malteses parecem mais hélices do que suásticas. A chamada suástica celta dificilmente se assemelha a uma, mas seria uma forma secundária, como tais são outras. A simbologia da suástica, em todos os casos totalizante, é encontrada na China, onde a suástica é o sinal do número dez mil, quer é a totalidade dos seres e da manifestação. É também a forma primitiva do caráter fang, que indica as quatro direções do espaço. Também poderia ter uma relação com a disposição dos números do Lo-chu, que, em qualquer caso, evoca o movimento do giro cíclico. Considerando-se sua acepção espiritual, a suástica às vezes simplesmente substitui a roda na iconografia hindu, por exemplo, como emblema dos nagas. Mas é também o emblema de Ganeça, divindade do conhecimento e, às vezes, manifestação do princípio supremo.

Os maçons obedecem estritamente o simbolismo cosmográfico, considerando o centro da suástica como a estrela polar e as quatro gamas que a constituem como as quatro posições cardeais da Ursa Maior. Há ainda formas secundárias da suástica, como a forma com os braços curvos, utilizada no País Basco, que evoca com especial nitidez a figura da aspiral dupla. Como também a da suástica clavígera, cujas hastes constituem-se de uma chave: é uma expressão muito completa do simbolismo das chaves, o eixo vertical correspondendo à função sacerdotal aos solstícios, o eixo horizontal, à função real e aos equinócios (CHAE, CHOO, DANA, GRAP, GUEM, GUEC, GUET, GUES, VARG). Quando a maioria das pessoas olha para uma suástica, a primeira coisa em que pensa é na Segunda Guerra Mundial, no Nazismo e no Holocausto. Em perseguição, tortura, sofrimento, morte. No entanto, este símbolo é considerado uma das mais remotas formas da Cruz, já que as mais antigas suásticas datam de 2500 ou 3000 a.C.  (Índia e Ásia Central). Para além de ser dos mais encontrados, considera-se que é um dos mais antigos símbolos místicos da Humanidade(1). A palavra "suástica" vem do sânscrito e significa "aquilo que traz boa sorte". A sua raiz, "Svas", quer dizer bondade.       

Seria de estranhar o facto de este símbolo ser encontrado em diferentes culturas sem contacto entre elas, mas, na verdade, existe uma explicação muito simples: desenhar duas linhas rectas perpendiculares sobrepostas no seu centro, com um braço em cada extremo, é básico. Então, tal como o círculo, por exemplo, é de se esperar encontrar-se este símbolo repetidamente, em diferentes lugares e em diferentes épocas, devido à sua simplicidade. Assim se explica, também~, a enorme variedade de suásticas que existem e a sua diversidade a nível de simbologias.
A nazi, por exemplo, tem os braços voltados para a direita, sendo que um deles fica no topo. Várias suásticas são constituídas por três linhas e outras nem sequer têm braços, consistem em cruzes com linhas curvas. Portanto, os símbolos designados por suásticas são, muitas vezes, bastante distintos. A chamada suástica celta, por exemplo, dificilmente se assemelha a uma. A suástica ou cruz gamada, como também é conhecida, é usada há milénios por diferentes povos. Faz parte da cultura dos budistas, dos hindus, dos aztecas, dos celtas, dos japoneses, dos chineses, dos gregos, dos dinamarqueses, dos escandinavos, dos saxónicos, dos nativo-americanos e até mesmo, quase ironicamente, dos judeus(2).  

A simbologia

Na China, este símbolo representa a orientação quádrupla que segue os pontos cardeais, o infinito, a saúde, a felicidade e a perfeição cósmica.Na Índia, é um dos símbolos mais sagrados místicos e tem exactamente o mesmo valor que o "sinal da salvação" tem para os cristãos. Para os hindus, é símbolo do poder fertilizante da natureza, da sua regeneração característica, e os seus quatro braços representam os diversos planos de existência (o mundo dos Deuses, o dos Homens, o dos animais e o Mundo Inferior). No Budismo, a cruz suástica é o selo sobre o coração de Buda e é um símbolo tão importante que ainda hoje é usado com frequência. Para os escandinavos, é designada de "o martelo de Thor" e era usada como protecção contra as forças maléficas por guerreiros ou heróis que lutavam até à morte por justiça, pelo seu próprio povo.
A mais conhecida suástica, que também pode ser chamada de Roda Solar, porque Simboliza o ano solar, com as suas quatro estações, representa a energia do cosmos em movimento, o que lhe confere dois sentidos distintos, consoante o lado para qual estão os braços: o horário, com os braços voltados para a direita (tal como o símbolo nazi), e o anti-horário, com os braços voltados para a esquerda. A suástica em sentido horário representa o movimento evolutivo do Universo, as forças da criação. A em sentido anti-horário remete para uma dinâmica involutiva, significa Entropia (as forças naturais que trabalham para o fim do Universo, para a destruição). Numa análise superficial, poderiam ser entendidas como a representação do Bem e do Mal, no entanto, considera-se que os dois lados da suástica têm o seu lado bom e o seu lado mau, tal como tudo na Natureza. Assim, os dois lados não se opõem, mas complementam-se, num equilíbrio dinâmico, sem tendências para a criação, nem para a destruição.   

A "usurpação" por parte dos Nazis

Ao contrário do que se possa pensar, a onda racista e xenófoba já era bem patente na Alemanha, mesmo antes de se consolidarem os ideais nacional-socialistas. Em 1897, por exemplo, Karl Lueger foi eleito em Viena por voto directo, apesar da sua campanha política se centrar na"libertação do povo cristão da opressão judaica".  Foi no entanto, com o Nacional-Socialismo (Nazismo), em 1920, que se veio consolidar a adopção da suástica  por parte dos alemães, pois era um símbolo que tinha um significado muito importante para a "raça ariana", o povo proto-indo-europeu. Segundo os livros Raízes Ocultas do Nazismo de Nicholas Goodrick-Clarke e Hitler e as Religiões da Suástica de JeanMichel Angebert, é inegável o misticismo que envolvia o Partido Nacional Socialista, para além do seu carácter político. De acordo com a ideologia deste partido, um ariano era qualquer pessoa não-judaica, cujos ancestrais fossem nórdicos. A palavra "ariano" vem do sânscrito "arya" e quer dizer "nobre". Refere-se a um povo de guerreiros e está associada a um estereótipo físico: os olhos azuis, o cabelo loiro, a pele clara e a robustez. Estes guerreiros julgavam que a suástica era o talismã que os ajudava garantir as suas vitórias nas batalhas. Foi devido a essas grandes vitórias que este povo se tornou ancestral dos povos que formaram a base do que hoje são os diversos tipos étnicos da família europeia.Muitos comparam toda esta grandiosidade aos nazis que, em pouco tempo, conquistaram quase toda a Europa, apesar de não terem o exército mais poderoso, e que só perderam a guerra devido a um erro táctico de Hitler, na invasão da Rússia