PESSOAS ESPECIAIS

Rosemary Brown - Parte 2

rosemary-brownSchubert e a Sinfonia Inacabada - Conta a própria Rosemary que Schubert mostrou-lhe o final de sua Sinfonia Inacabada. "Vários compositores podem fazer isto, e podem também 'comprimir' o tempo de modo tal, que posso ouvir um concerto ou uma sinfonia inteira em alguns minutos", relata a médium. Em uma entrevista concedida à BBC 2 Rádio, de Londres, publicada pelo jornal Psychic News, Rosemary conta que Schubert disse-lhe que terminara sua Sinfonia Inacabada logo após a sua morte física. "Ele ainda brincou com a idéia de tentar transmitir o final para mim, mas depois decidiu que era mais romântico deixar que essa sinfonia continue inacabada", explicou.
 


Curas espirituais

 
A médium relata que contava com a ajuda de Chopin e Liszt na realização de algumas curas ocasionais favorecendo pessoas doentes. "Ambos são piedosos e sempre dizem que, quando sabem de alguém doente ou sofrendo dores, eles próprios tentam ampará-lo".

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A elevação espiritual de Beethoven

 
De acordo com Rosemary, cada um dos gênios comunicantes tem a sua personalidade. Beethoven, ao ditar-lhe composições, transmitia a impressão de uma grande nobreza de alma. "A sala irradiava uma atmosfera de santidade. E, gradativamente, comecei a entender que Beethoven tem, na verdade, uma grande simplicidade, realmente sublime", relata a médium.
 
Segundo ela, somente depois da algum tempo o grande gênio começou a se comunicar em palavras, expressando: "Eu anseio derramar sobre a humanidade torrentes de música, que possam realmente intensificar maior compreensão entre todos. Quero vir ao encontro à Humanidade e envolvê-la em profundo amor".
 


 
A sensibilidade de um mestre da música

 
"Liszt", revela Rosemary, "além de alegre e extrovertido também possui atitudes de profunda introspecção, quando se torna sério. É emotivo e fica profundamente sensibilizado se as pessoas são amáveis e apreciam sua música. Cheguei mesmo a vê-lo em lágrimas algumas vezes, por sentir-se emocionado com alguma coisa. Por exemplo, quando pela primeira vez percebeu que eu o aceitava como sendo Liszt, concordando em trabalhar com ele e ficando satisfeita por podermos nos comunicar um com o outro, ficou tão emocionado que lhe correram pela face lágrimas de alegria".
 


 
O grupo

 
O grupo básico de compositores que trabalharam com Rosemary Brown constituiu-se de doze grandes mestres: Liszt, Chopin, Schubert, Beethoven, Bach, Brahms, Schumann, Debussy, Grieg, Berlioz, Rachmaninoff e Monteverdi. Mas ela ainda manteve contato psíquico com Mozart, Albert Schweitzer e Albert Einstein, entre outros
 


 
Confirmações

 
Rosemary Brown chegou a ter sua mediunidade confirmada através das comunicações de voz direta (pneumatofonia) realizadas por intermédio de outro médium de sua época, Leslie Flint (clique :: aqui :: para ver Leslie Flint), muito conhecido nos círculos psíquicos e de intocável reputação. Ao ouvir uma gravação cuja voz era atribuída à de Chopin ela, emocionada, imediatamente reconheceu e afirmou: "É exatamente a mesma voz de Chopin. O mesmo tom, o mesmo sotaque estrangeiro. Um sotaque meio de francês, mas não exatamente, adotando a mesma maneira jocosa quando conversa comigo (clique :: aqui ::para ouvir a voz de Chopin à qual Rosemary Brown se refere).
 
Junto a Leslie Flint, através de outro médium de voz direta, Rosemary ainda teria confirmada, ouvindo pessoalmente, numa sessão, as vozes de seus amigos compositores, referindo-se à veracidade de sua missão. "E todos eles", conta Rosemary, "acentuaram de novo a importância do trabalho que estou fazendo para eles e disseram que estão muito satisfeitos porque os resultados estão começando a se tornar visíveis no mundo. E, podem imaginar, quão confortante foi para mim ouvir essa confirmação — e totalmente através de um outro médium".
 
Rosemary Brown, deixa um extraordinário legado comprobatório da sobrevivência da vida. Vale a pena conhecer a sua obra mediúnica e deixar que a própria obra fale à alma. A genialidade dos mestres da música e a suavidade de suas sinfonias, agora, provindas dos páramos da vida eterna, certamente tocarão o coração de todo homem que "tem ouvidos para ouvir"... e sentir...

O projeto dos compositores para despertar a consciência espiritual dos homens

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A persoanlidade espiritual de Liszt - Rosemary descreve o aspecto espiritual da personalidade de Franz Liszt como alguém que se interessa profundamente pelas pessoas. "Preocupa-se realmente com elas e, se vê alguém sofrendo, logo quer ajudar. Esta é uma das razões do seu interesse por todos os novos meios de comunicação, que, segundo ele, são meios de auxílio ao homem.
 
 
"Zombaram das mesas girantes, não se zombará jamais da filosofia, da sabedoria e da caridade que brilham nas comunicações sérias."
—São Luis (Espírito) "O Livro dos Médiuns", Allan Kardec, IDE, cap. 31, p. 431.)
 
 
É Franz Liszt com quem Rosemary mantém maior contato, sendo ele uma espécie de coordenador do seu trabalho mediúnico. Em dada ocasião ele lhe disse, com certa tristeza, que, enquanto estamos na Terra, muitos vivem pensando ser esta a sua única existência, sem perceber que continuamos progredindo espiritualmente, depois que esta vida chega a seu termo.

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"A vida em vossa Terra é mais como um Jardim da Infância. Quando as pessoas morrem e chegam à conclusão de que desperdiçaram suas vidas, ainda assim têm a chance de recuperar-se e de prosseguir em sua evolução. A nossa finalidade, ao trabalhar com você, é uma tentativa em fazer com que os homens compreendam isto e, portanto, infundir-lhes esperança. A existência de vocês na Terra poderia tornar-se mais feliz, se os homens soubessem que ela é apenas um preâmbulo da maravilhosa vida do após-morte".


 
A lei de causa e efeito segundo Liszt

 

O inferno, diz Liszt, é uma coisa que nós mesmos fazemos. "Se as pessoas tiverem vidas deliberadamente votadas à destruição, ou tiverem, por negligência ou voluntariamente, causado sofrimento aos outros, quando chegam aqui, nos domínios espirituais, terão que enfrentar as conseqüências do que fizeram. A sua consciência não pode mais ser sufocada, porque entre eles e ela nada mais há, como quando na vida terrena."

Liszt explicou a Rosemary que, na Terra, há pessoas que recusam dar ouvidos à consciência, mas que, no outro mundo, é impossível livrar-se daqueles pensamentos, e, naturalmente, isto pode constituir um tipo de inferno. Acabam, então, sentindo remorsos e ansiando ter procedido diferentemente. Porém, desde que este sentimento atue como um acicate para que redimam seus passados erros, pratiquem o bem e beneficiem as pessoas a quem causaram algum mal — seus remorsos poderão, com o tempo, trazer-lhes a felicidade.

"Diz ele", explica a médium, "que somos nós quem pedimos para vir aqui para a Terra, e que, antes de nascermos, é-nos apresentado uma espécie de plano como a nossa vida será. Mas nunca pode ser definitivamente determinado o modo como reagiremos às várias situações, ou se seguiremos o plano traçado e, portanto, as nossas ações poderão modificar nossas vidas".
 


 
Trabalhando para que as pessoas pensem na continuidade da vida após a morte

 
Certa vez Liszt disse a Rosemary Brown que o objetivo dos compositores havia sido alcançado e que ele achava-se encantado com o fato de sua nova música estar sendo executada e aceita — porém, não apenas para exaltar o seu ego.
 
O objetivo de todo esse estranho fenômeno, que tem intrigado os mais eminentes musicólogos, é tentar auxiliar aos homens a terem um conhecimento seguro de que existe uma outra vida e uma finalidade por detrás de tudo, de modo que as coisas não pareçam tão perdidas como às vezes parecem estar. Liszt acha que o primeiro passo é fazer com que as pessoas comecem a pensar em uma vida após a morte. Sua teoria é que, enquanto as pessoas se recusarem a crer que algo virá após termos deixado este mundo, tudo continunará parecendo sem significado, o que pode desestimular-nos a investir nossos melhores esforços em nossa existência aqui no mundo.


 
 
Liszt e seu conceito sobre Deus

 
Certo vez a médium pergunta a Liszt sobre Deus, ao que ele lhe responde: "Deus existe, mas não como vocês aí na Terra pensam. Deus é Espírito. Uma força vital que penetra tudo e que está em toda parte. Contudo é um Espírito que tem consciência, de modo que, se as pessoas orarem em conjunto, as preces serão recebidas". Ele ainda explicou que aquele Espírito é pessoal e impessoal ao mesmo tempo e, portanto, é algo além do que nossa imaginação pode conceber, porque zela por todos os seres e trabalha para o bem. Por exemplo, explicou como, nos incidentes diários, os nossos corpos, quando enfermos ou feridos, sempre procuram recuperar a saúde — curar-se. Isto é feito pela Força Vital que está agindo ininterruptamente, para ajustar, equilibrar, compensar.
 
"Poderíamos", diz Liszt, "curar-nos da maioria das doenças, se déssemos oportunidade a esta Força, "mas, infelizmente" — acrescentou ele — "não aprendemos ainda a utilizá-la em nosso próprio benefício". E o grande mestre da música ainda acrescentou: "Se pensarmos no que é bom, ficaremos aptos a entrar naquele comprimento de onda específico".


 
Um preceito para a Humanidade

 
Sir Donald Tovey, distinto músico e compositor, falecido em 1940, freqüentemente estabelecia contatos psíquicos com Rosemary Brown. Na noite de 1 de janeiro de 1970, Tovey ditou-lhe a seguinte mensagem: (...) Ao comunicar-se através da música e da conversação, um grupo organizado de compositores, que partiu deste seu mundo, está tentando estabelecer um preceito para a Humanidade, ou seja, que a morte física é uma transição de um estado de consciência a outro no qual conserva a sua individualidade. A compreensão deste fato encaminhará o homem a uma visão interior da sua própria natureza e das suas potencialidades supra-terrestres. O conhecimento de que a encarnação no seu mundo nada mais é do que um estágio da vida eterna do homem, promoverá atitudes de maior amplitude do que as adotadas no presente e ensejarão uma visão mais equilibrada acerca de todas as coisas".

"Não estamos transmitindo música a Rosemary Brown visando simplesmente a proporcionar prazer aos que a ouçam. São as implicações relativas a esse fenômeno que esperamos venham a despertar interesse sensato e consciente e a estimular as pessoas inteligentes e imparciais — que são muitas — a considerarem e a explorarem as desconhecidas regiões da mente e da psique. Quando o homem tiver perscrutado as misteriosas profundezas de sua consciência velada, poderá então alcandorar-se a alturas correspondentemente mais elevadas".


Críticas


As partituras musicais psicografadas por Brown, assim como costuma acontecer com todas as manifestações mediúnicas em geral, dividem opiniões. Os mais céticos buscam, para as partituras de Brown, outras explicações que dispensem a hipótese de existência de vida após a morte, e que descartem também a suposta comunicação entre mortos e vivos (ou entre encarnados e desencarnados).

Levantou-se a hipótese de que Brown tenha tido estudos musicais profundos na infância ou juventude, e tenha sofrido uma amnésia que a fez esquecer que recebeu esses estudos. Mas o médico da família refutou facilmente tal explicação, como arrematada tolice. Também se suspeitou de que ela estivesse ocultando seus verdadeiros conhecimentos de música de má-fé. Brown rebate, e afirma em seu livro que o fato de ter morado sempre na mesma casa, desde que nasceu, possibilitou que a maioria dos fatos de sua vida pudessem ter sido, ao longo dos anos, detalhadamente investigados. Vizinhos, amigos, parentes e várias autoridades locais teriam testemunhado quanto a certos detalhes.

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Quando se tornou conhecida, Rosemary Brown atraiu a atenção de grandes nomes da música erudita, músicos e musicólogos, que quiseram conhecer a ela e seu trabalho. Richard Rodney Bennett afirmou: "Muitas pessoas podem improvisar, mas não conseguem compor uma música dessa maneira sem anos de estudo. Eu mesmo não conseguiria ter criado algumas dessas composições de Beethoven". Hephzibah Menuhin também se impressionou: "Não há dúvidas de que ela é uma pessoa muito sincera. A música é absolutamente no estilo desses compositores."

Alguns dos outros profissionais e estudiosos de música que lhe contactaram foram Peter Katin, David Cairns, Humphrey Searle, Tamas Vasary, William, Jean e Julian Lloyd Webber, o pianista John Lill e o compositor americano Leonard Bernstein. Nenhum deles acreditou que Rosemary Brown fosse algum tipo de fraude, embora alguns também não aceitassem a explicação espiritualista para a origem das músicas. Todos, contudo, se impressionaram com a sinceridade e sensibilidade de Brown. Muitos deles estabeleceram com a médium uma amizade que durou até o fim de suas vidas.


Fonte: http://pt.wikipedia.org
            http://www.ieja.org