LUGARES EXTRAORDINÁRIOS

Nazca

nazca2Nazca é uma pequena cidade de 30.000 habitantes, a cerca de 450 km ao sul de Lima, conhecida no mundo pelas famosas “Linhas de Nazca”, que forma uma série de desenhos gigantescos (geóglifos) que são vistos somente de um pequeno avião que faz um vôo sobre as linhas no deserto do Peru. A área onde se encontram os desenhos é conhecida pelo nome de Pampa Colorada. Tem 15 milhas de largura e corre ao longo de 37 milhas paralela aos Andes e ao mar.Pedras (e não areia) constitui a superfície do deserto, o qual estende-se por mais de 1.400 milhas ao longo do Oceano Pacifico. Os desenhos foram feitos simplesmente arredando as pedras para o lado expondo ...

o solo mais branco da região. As pedras vermelho escuras e o solo foram limpas, expondo o subsolo mais claro, criando as "linhas".O solo daquela região, um dos mais secos e desérticos do mundo, é de cor marrom, mas sob esta primeira camada esconde-se outra de cor amarelada, assim ao caminhar por ali provoca uma estranha e duradoura pegada que não deixa de ser misteriosamente inquietante. Do ar, as "linhas" incluem não só linhas e formas geométricas, mas também representações de animais e plantas estilizadas. Algumas, incluindo imagens de humanos, estendem-se pelas colinas nos limites do deserto. Neste "pavimento" assim criado neste ambiente seco e sem chuvas, a erosão é praticamente nula - permitindo assim a notável preservação dos desenhos.

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Como as pirâmides, as estátuas de gigantes e outra arte monumental, a arte Nazca fala de permanência. Envolver toda uma comunidade durante séculos indica o supremo significado do local. A sua criação demorou centenas de anos e exigiu um grande número de pessoas trabalhando no projeto.

São classificados em cinco tipos de marcação: linhas retas, figuras geométricas, desenhos de animais e vegetais, montes de pedras de vários tipos e figuras nas encostas íngrimes das colinas.

Algumas das linhas mais extensas e definidas podem ser vistas até em fotos de satélites (algumas pessoas as identificaram usando o programa Google Earth). Mas o significado das grandes figuras de animais continua obscuro.

Algumas linhas têm 15 cm de largura e outras, centenas de metros. O desenho de um "lagarto", por exemplo, atinge 180 m de extensão, o "condor" tem a envergadura das asas com 130 m , o "macaco" é uma figura de 90 m e por aí afora. Os desenhos guardam dois enigmas. O primeiro é: como foram parar lá. O segundo: que serventia teria ao homem num tempo em que não se pensava em voar...

Eles começaram a ser estudados por Paul Kosok que posteriormente passou as pesquisas à sua amiga Maria Reiche, uma famosa matemática alemã, falecida em 1998 com 95 anos de idade residiu longo tempo em Nazca, tornando-se a pesquisadora que mais estudou tais linhas. Maria Reiche considerava que elas foram feitas pelas culturas Paracas e Nazca durante o período de 800 aC e 600 dC. Ela descobriu novas figuras que eram semelhantes a figuras de vasos e tecidos, e também tentou explicar o motivo da criação das figuras não chegando a uma conclusão objetiva. Ela acreditava que se tratava de um calendário com propósito agrícola.

Existe muitas outras teorias, dentre os quais a de Erich von Daniken que as relaciona com os extras terrestres, uma idéia proposta inicialmente por James W. Moseley em Outubro de 1955 na revista Fate e tornada popular nos anos sessenta por Louis Pauwels e Jacques Bergier em O Despertar dos Mágicos.

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O curioso é que, de tão extensas que são as figuras, elas não são perceptíveis do solo, mas apenas por vistas aéreas, dando margens a cogitação das razões pelas quais foram feitas e dos efeitos que puderam causar, já que aquela civilização não possuía aeroplanos. Contudo, os índios Nazca poderiam saber produzir balões pois há um vaso, agora no museu de Lima, com uma gravura de um balão, e em 1975, um grupo da International Explorers Society conseguiu construir o Condor I, baseado no desenho impresso no vaso guardado no museu e usando tecnologias encontradas na época e local da sociedade indígena.

Estas misteriosas linhas estendem-se num perímetro de 50 quilômetros de comprimento por 15 quilômetros de largura cruzando as cidade de Palpa, Ingeni, Nasca e Socos, precisamente entre os quilômetros 419 e 465 da Rodovia Panamericana.

As linhas podem ser vistas com maior precisão a partir de um vôo de um pequeno avião (3 passageiros por vez), a partir do aeroporto de Nazca. No vôo de 30 minutos o piloto mostra os 13 desenhos gigantes, tanto para os passageiros da direita como da esquerda.

Aos figuras mais imponentes: o macaco (com 90 metros), a aranha, o condor, uma figura humana (batizada de “o astronauta”) e o caracol. Entre os desenhos dos animais que se percebem em Nasca surpreendem: uma baleia, um cachorro com patas e cauda longas, duas lhamas, diversas aves como uma garça, um pelicano, uma gaivota, um colibri e um papagaio. Na categoria dos répteis, um lagarto, que foi cortado na construção da Panamericana, uma iguana e uma serpente.

 

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As representações, como numerada acima, é:

1. Baleia
2. Asa
3. Condor bebê
4. pássaro
5. animal
6. espiral
7. lagarto
8. árvore
9. mãos
10. Espiral
11. Aranha
12. Flor
13. Cachorro
14. Astronauta
15. Triângulo
16. Baleia
17. Trapazoide
18. Estrela
19. Pelicano
20. Pássaro
21. Trapazoide
22. Beija-flor
23. Trapezóide
24. Macaco
25. Lhama
26. Trapezóides

 

Muitas Teorias

Dezenas de hipóteses já foram levantadas à cerca de quem elaborou por que teria feito as fabulosas "linhas" e "figuras" geométricas de Nazca. Porém nenhuma parece ser conclusiva.

São cinquênta quilômetros povoados de formas geométricas, figuras de animais e supostas "pistas de aterrissagem".

Não foi se não na década de vinte que pilotos peruanos, que sobrevoavam a região, alertaram sobre as enigmáticas figuras. A partir de 1926, os primeiros mapas e estudos sobre a região começaram a surgir, assim como toda a sorte de explicações.

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No entanto, registros sobre estas imagens remontam à época da conquista espanhola. Nas crônicas de Luis de Monzón, magistrado espanhol, foram incluidas - em fins do século XVI - a versão contada pelos índios anciãos das planícies, os quais viam os viracochas como causa e motivo para a execução das imagens.

Segundo parece, os Viracochas eram um grupo étnico minoritário, descendentes do mítico "homem-deus-viracocha", que chegado dos céus, resolveu instruir uma parte dos povos andinos. Segundo estes mesmos povos da região de Nazca, eles seriam capazes de voar. Portanto, as figuras geométricas que encontramos na região seriam uma forma de contato, homenagem ou culto para/com aqueles que podiam "enxergar do alto".

 

Visitantes de Outros Planetas...?

Em 1968, um polêmico livro transformou a cidade de Nazca num centro de peregrinação de esotéricos.

Erich von Däniken, suíço e gerente de um hotel nos Alpes publicou o livro "Eram os Deuses Astronautas?".

Em seu livro, Erich relaciona uma série de mistérios do passado à presença de extraterrestres entre as civilizações antigas. Uma página e meia dedicada a Nazca fez com que a cidade entrasse nos roteiros turísticos de milhares de visitantes do mundo todo.

O fato é que tendo sido feitos para extraterrestres ou não, nada explica até agora, o fato de certas imagens de centenas de metros terem sido feitas de modo que só pudessem ser vistas ou identificadas do alto.

Situados no Vale do Ingênio, há algo que algumas pessoas dizem ser uma pista de pouso para OVNIs. Apesar de achar possível que os povos nativos desta e de outras regiões já fizessem contato com estes viajantes, me parece ridícula a idéia que seres com tamanha tecnologia para viajens interplanetárias, precisarem de qualquer tipo de "pista de pouso".

 

Outras Teorias

Como em todos os mistérios sem explicação, há diversas teorias a seu respeito.

Uma delas dispõe que as imagens ou figuras geométricas seriam um gigante método de predição astronômica. A maior defensora desta idéia é a matemática alemã Maria Reiche.

De acordo com Maria Reiche, que dedicou 40 anos de sua carreira ao estudo, limpeza e conservação das linhas - as figuras constituiriam solstícios, posição e mudanças das estrelas. Sua teoria foi corroborada pelo astrônomo peruano Luis Mazzoti. Mazzoti diz que Nazca nada mais é que um complexo "mapa estelar", com a configuração das constelações assim como eram vistas naquelas latitudes há aproximadamente 1500 anos atrás. No entanto, o que dizer das "linhas", "pistas" e demais formas geométricas?

Teorias recentes dos astrônomos e antropólogos norte americanos Anthony Aveni, Gary Urton e Persis Clarkson dizem que as linhas retas mais longas teriam uma conecção com lugares sagrados, uma espécie de caminho que os peregrinos deveriam percorrer. Mas sendo assim, onde estão as ruínas de tais lugares ou templos sagrados?

 

O Maior dos Mistérios

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Talvez o maior dos mistérios seja como as figuras foram feitas. A mesma Maria Reiche, autora do primeiro mapa das figuras da região - em 1956, concluiu que as figuras teriam sido feitas com estacas e cordas. Esta é uma idéia simples e interessante... não fosse pelo fato que: - como explicar a simetria existente entre os desenhos que se encontram a mais de 18 quilômetros?- como vencer as enormes dificuldades impostas pela topografia do local para executar com tal perfeição uma obra de tal natureza e com imagens tão simétricas? - Que sentido teria tamanho esforço para executar tal obra metereológica e/ou astronômica num lugar tão seco onde praticamente não há chuvas no local? Provavelmente, as respostas que procuramos estão além de nossas vistas... Legado - Dentre os muitos legados a serem decodificados, o deserto de Nazca, no sul do Peru, guarda um dos mais interessantes. Descoberto em 1941, os enigmáticos geóglifos de Nasca é até hoje uma fonte de inspirações para os mais variados pesquisadores. Estes desenhos se encontram numa área repleta de marcas de quilômetros de comprimento, que se entrecruzam e somem no horizonte, parece um gigantesco papel de rascunho.

Os magníficos desenhos foram feitos há séculos e de uma forma simples : raspando o solo. O chão do deserto é coberto por uma fina camada de rochas e seixos vulcânicos que, devido a longa exposição à atmosfera, tem uma coloração escura, negra. Pouco abaixo desse revestimento está a base de argila e areia amarela. Os "artistas" do passado simplesmente removeram alguns centímetros de rocha para deixar os traços. Até a natureza, que poderia apagar para sempre os perfeitos geóglifos, ajudam na conservação do imenso quadro. A região é uma das mais secas do planeta, chovendo em média 15 minutos por ano; e as rochas escuras no solo absorvem o forte calor vindo da energia solar e formam uma camada de ar quente e parado na superfície, evitando assim a erosão pelo vento. Por isso os caminhos muito utilizados por carros e pessoas também ficam gravados no solo.


Quem observa as figuras fica impressionado. a maioria delas é tão grande que só é possível admirá-las do céu. São trapezóides, espirais, inúmeras linhas retas, algumas paralelas, que se estendem por quilômetros de extensão, e aproximadamente 300 figuras. São animais diversos, entre eles uma aranha de 46 metros, um réptil de 188 metros e 18 pássaros, cujos tamanhos variam de 8 a 130 metros. Também destacam-se o cão, a iguana, o macaco, a flor ou estrela, figuras de peixes (o mar fica a 50 km do deserto) e um pássaro estilizado de mais ou menos 280 metros de extensão, com um pescoço de cobra e um bico que, além de ser mais comprido do que o rabo, corpo e pescoço juntos, aponta para o sol nascente no dia do solstício de inverno. Além de figuras de animais, foram encontradas figuras de homens de aproximadamente 30 metros de altura.

Uma das teorias, é de que as linhas tem uma relação com a astronomia, ou seja, que são um calendário gigantesco, pois várias linhas apontam para a direção do nascimento e por-do-sol nos solstícios de inverno e verão e equinócio da primavera e outono, assim como para os locais no horizonte que assinalam o aparecimento sazonal das principais estrelas, que poderia indicar as estações do ano para os antigos habitantes daquela área.

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Em contrapartida, a esta teoria, efetuando-se um levantamento das linhas e, com a ajuda de computadores, determinou-se que, astronomicamente falando, os traços são aleatórios, ou seja, não existe uma relação direta e única com os diversos corpos celestes, mas mesmo assim, os astrônomos concordam que várias linhas estão ligadas a fenômenos astrológicos. Outra teoria, seria a visita de extraterrestres à Terra na pré-história, que ali estiveram num passado distante, que construíram 2 pistas de pouso para aeronaves e, após finalizarem sua missão no nosso planeta, partiram. Como as tribos pré-incaicas queriam o retorno de seus "deuses", os extraterrestres, traçaram novas linhas no deserto da mesma forma que haviam visto os "deuses" traçarem. Os desenhos representando animais, seriam sinalizações aéreas indicando o tipo de energia ou vibração existente no local.

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Um animal com freqüência baixa, como a aranha, sinaliza este nível de vibração, já um beija-flor, uma energia acelerada. Seriam pictografias para comunicação visual rápida para os pilotos de naves. Devido as constantes mudanças de eixo da Terra, pode ser que hoje este locais não apresentem as mesmas características do passado.
Enfim, o mistério permanece enquanto isso, as linhas de Nazca permanecem no árido deserto peruano, nos mostrando que ainda existem muitas coisas que não sabemos sobre o passado.

Sem sentido se olhamos as linhas da terra....mas do ar....

As linhas de Nazca são geóglifos e linhas direitas no deserto Peruano. Foram feitas pelo povo Nazca, que floresceu entre 200 a.C. e 600 d.C. ao longo de rios que desciam dos Andes. O deserto estende-se por mais de 1.400 milhas ao longo do Oceano Pacifico. A área de Nazca onde se encontram os desenhos é conhecida pelo nome de Pampa Colorada. Tem 15 milhas de largura e corre ao longo de 37 milhas paralela aos Andes e ao mar. As pedras vermelho escuras e o solo foi limpo, expondo o subsolo mais claro, criando as "linhas". Não existe areia neste deserto. Do ar, as "linhas" incluem não só linhas e formas geométricas, mas também representações de animais e plantas estilizadas. Algumas, incluindo imagens de humanos, estendem-se pelas colinas nos limites do deserto.

As linhas de Nazca são comunais. A sua criação demorou centenas de anos e exigiu um grande número de pessoas trabalhando no projeto. O seu tamanho e propósito levou alguns a especularem que tinham sido visitantes de outro planeta a criarem e/ou dirigirem o projeto. Erich Von Däniken pensa que as linhas de Nazca formam um aeroporto (ou astroporto) para nave extra terrestre Chariots of the Gods? (1968), Arrival of the Gods: Revealing the Alien Landing Sites at Nazca (1998), uma idéia proposta inicialmente por James W. Moseley em Outubro de 1955 na revista Fate e tornada popular nos anos sessenta por Louis Pauwels e Jacques Bergier em O Despertar dos Mágicos. Se Nazca era um campo de aviação alienígena, era muito confuso, consistindo de gigantescas figuras de lagartos, aranhas, macacos, lamas, pássaros, etc., para não mencionar linhas em ziguezague e desenhos geométricos. Também é muito amável da parte desses ETs representarem plantas e animais de interesse para os locais, mesmo tornando a navegação mais difícil do que se usassem uma pista a direito. Também devia ter muito movimento para precisar de 37 milhas de comprimento. Contudo, não é muito provável que naves aterrassem na área sem alterar os desenhos do solo. Ora, tais alterações não existem.

 

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A teoria extra terrestre é proposta principalmente por aqueles que consideram difícil de acreditar que uma raça de "índios primitivos" poderia ter a inteligência de conceber tal projeto, muito menos a tecnologia para transformar o conceito em realidade. As evidências apontam em sentido contrário. Os Aztecas, os Toltecs, os Incas, os Maias, etc., são prova bastante que os Nazca não necessitaram de ajuda extra terrestre para criar a sua galeria de arte no deserto. Em qualquer caso, não é necessário possuir uma tecnologia muito sofisticada para criar grandes figuras, formas geométricas e linhas retas, como foi mostrado pelos criadores dos chamados círculos nas searas. Os Nazca provavelmente usaram grelhas para os seus geóglifos gigantes, tal como os seus tecelões para os seus tecidos de padrões complexos. A parte mais difícil do projeto estaria em mover todas as pedras e a terra para revelar o subsolo mais claro. Não há realmente nada misterioso sobre como os Nazca criaram as suas linhas e figuras.Alguns pensam que é misterioso o fato das figuras terem permanecido intactas durante centenas de anos. Contudo, a geologia da área resolve este mistério.

Pedras (e não areia) constitui a superfície do deserto. Devido à umidade, a sua cor escura aumenta a absorção do calor. A camada de ar quente resultante junto à superfície funciona como uma capa contra o vento; enquanto isso, os minerais do solo ajudam a solidificar as pedras. Neste "pavimento" assim criado neste ambiente seco e sem chuvas, a erosão é praticamente nula - permitindo assim a notável preservação dos desenhos.
O mistério é o porquê. Porque iniciaram os Nazca tal projeto envolvendo tantas pessoas durante tantos anos?
G. Von Breunig pensa que as linhas eram usadas para corridas a pé. Ele examinou as linhas curvas e concluiu que tinham sido parcialmente formadas por corridas contínuas.

O antropólogo Paul Kosok defendeu durante pouco tempo que as linhas eram de um sistema de irrigação, mas rejeitou a idéia pouco depois. Especulou então que as linhas formavam um gigantesco calendário. Maria Reiche, uma emigrante alemã e aluna do arqueólogo Julio Tello da Universidade de San Marcos, desenvolveu a teoria de Kosok e passou a maior parte da sua vida a reunir dados que provassem que as linhas representam os conhecimentos astronômicos dos Nazca. Reiche identificou muitos alinhamentos astronômicos, que, caso os Nazca os conhecessem, seriam muito úteis para as suas sementeiras e colheitas. Contudo, existem tantas linhas em tantas direções diferentes que não encontrar alinhamentos astronômicos seria quase miraculoso.

De qualquer modo, as linhas são parte de um projeto. Existem todas as imagens que se tornaram interessantes para antropólogos depois de serem vistas do ar nos anos 30. É pouco provável que um projeto desta magnitude não fosse de caráter religioso. Envolver toda uma comunidade durante séculos indica o supremo significado do local. Como as pirâmides, as estátuas de gigantes e outra arte monumental, a arte Nazca fala de permanência. Ela diz: estamos aqui e não nos movemos. Não são nômades, caçadores ou coletores. Esta é uma sociedade agrícola. Claro que uma sociedade pré-científica, que se vira para a magia e a superstição (i.e., religião) para ajudá-los nas colheitas. Os Nazca tinham os conhecimentos de irrigação, semear, colher, etc. Mas o tempo é traiçoeiro. As coisas podem correr bem por meses ou mesmo anos, e numa única geração comunidades inteiras são forçadas a moverem-se, devido a inundações, vulcões, incêndios, ou o que a Mãe Natureza mande

Era um local para adoração? Era a Meca dos Nazca? Um lugar de peregrinação? Eram as imagens parte de rituais destinados a aplacar os deuses ou pedir a sua ajuda na fertilidade das pessoas e das colheitas, ou com o tempo, ou com a provisão de água? Que as figuras não fossem vistas do solo não seria importante do ponto de vista religioso ou mágico. De qualquer modo, figuras similares aos gigantes de Nazca decoram a olaria encontrada em locais fúnebres próximos e é visivel dos seus cemitérios que os Nazca se preocupavam com a morte. Restos mumificados enchem o deserto, abandonados por caçadores de túmulos. Seria este um local de rituais para garantir a imortalidade dos mortos? Não sabemos, mas se este mistério algum dia fôr resolvido, sê-lo-á por cientistas sérios, não por pseudocientistas especuladores moldando os dados para encaixarem nas suas histórias de extra terrestres.

Este é sem dúvida alguma, um dos maiores mistérios para o gênero humano.

Não muito longe do Oceano Pacífico, no Peru, a aproximadamente 200 milhas ao sul de Lima, entre a cidade de Nazca e Palpa, se estende uma grande planície... Bem depois, do outro lado desta planície, está situada uma região cheia de estranhos e misteriosos sinais riscados em seu solo.

Trata-se de desenhos formados por linhas que ora correm paralelas e ora se cruzam, compondo formas geométricas enormes.

São símbolos estranhos, que só podem ser apreciados de muito alto.

Estas figuras podem ser divididas em dois tipos:

A: Geóglifos - São as formas geométricas de tamanho muito grande, representando freqüentemente figuras geométricas compostas por vários círculos, triângulos, espirais e linhas retas localizadas uma ao lado de outra. Ao redor e dentro destas linhas há zonas trapezoidais grandes. Existem aproximadamente 900 geóglifos na planície.

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B: Biomorfose - Mais velhos que os geóglifos, cerca de 70 figuras estilizadas formando gigantescos animais como uma aranha, um pelicano, um beija-flor, uma cobra, uma lhama, uma flor, um macaco, etc. Quase todos eles estão situados num pequeno canto a noroeste da região de pampa. Estas figuras parecem ter sido criadas há aproximadamente mil anos antes da data da criação dos geóglifos. Os animais não se alinham, nem sequer estão nas mesmas direções das formas geométricas Muitas linhas de Nazca parecem não ter nenhum padrão. Correm em todas as direções possíveis.

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Algumas delas se estendem por cinco ou seis milhas passando em cima de colinas e vales. Elas só foram reconhecidas em 1930, com os primeiros sobrevôos pela região. Por que elas foram colocadas lá? Elas são alguma forma de sinal? Ou podem ser calendários astronômicos, ou uma zona de aterrissagem gigantesca para extraterretres? Ninguém sabe quem fez estes padrões misteriosos no deserto peruano perto da cidade litoral de Nazca.Eles sempre foram um grande assunto para todos os tipos de discussões, especulações e teorias diferentes.Eles poderiam ser feitos para visitas antigas? Os extraterrestres e suas espaçonaves?


Assim, uma das teorias diz que os retângulos e as linhas retas são algum tipo de pista de aterrissagem para naves extraterrestre. Como alguns deles terminam abruptamente, em cima de montanhas ou pedras, elas não poderiam ser estradas normais.

Muitas perguntas importantes permanecem sem respostas satisfatórias... Como os desenhos peruanos foram feitos, ou por quem, ou para que propósito? Isto é totalmente desconhecido.

Como povos antigos puderam se utilizar do terreno do deserto para traçar sinais enormes e figuras de dimensões tão perfeitas, sem qualquer possibilidade para olhar para elas ou calcular a perfeição de seus desenhos.
Como eles poderiam estar seguros do que estavam fazendo sem olhar de uma grande altura? Certamente, foi um trabalho muito difícil de fazer...

Seriam estas figuras dedicadas a um Deus ou será que elas serviram como algum sinal amável para visitantes vindos do espaço?

Mistério Revelado?

Nem campos de pouso para espaçonaves, nem calendários agrícolas: as gigantescas figuras terrestres no sul do Peru faziam parte de um culto religioso, concluiu um projeto do qual participaram oito instituições alemãs.
Um estudo revelou que as linhas de Nazca, na região de Palpa, sul do Peru, faziam parte dos cultos à água e à fertilidade realizados pelas civilizações que viveram na região. As linhas de Nazca são geoglifos (figuras escavadas na terra ou em rochas) e, vistas do alto, formam desenhos geométricos e de animais.

A descoberta é um dos resultados do trabalho do Projeto Arqueológico Nazca-Palpa, uma associação de dez instituições, sendo oito alemãs, que uniram a experiência da arqueologia peruana com tecnologias européias desenvolvidas especialmente para o estudo.

Os arqueólogos constataram, por exemplo, que as figuras de enormes trapézios apontam para as nascentes dos três rios que cortam o local e outras figuras se voltam para o ponto onde as águas desses rios se encontram.

Processo de desertificação

Durante as escavações, os cientistas também descobriram altares construídos para as cerimônias de culto à água e à fertilidade, assim como conchas spondylus, um dos símbolos desse culto desde o aparecimento das primeiras populações na área andina.

Além disso, o estudo revelou um processo de desertificação na região iniciado por volta do ano 3.000 a.C. e que se acentuou no período em que a comunidade Nazca vivia na região, entre 200 a.C. e 600 d.C., tendo culminado numa grande seca no final desse período. Paralelamente à diminuição da água disponível, intensificou-se a produção de geoglifos, que só foi interrompida com o fim da cultura de Nazca.

"Todo a contexto em torno dos geoglifos permite deduzir, portanto, que eles faziam parte do culto à água e à fertilidade. Essa é a explicação mais provável desse fenômeno singular", explicou o coordenador do projeto, Markus Reindel, à DW-WORLD.

Durante a pesquisa, descobriu-se também a existência de mudanças climáticas similares às ocorridas em outros continentes e que se desenvolveram paralelamente ao processo de sedentarização dos povos e ao aparecimento de sociedades mais avançadas.

"Por isso, supomos que as mudanças climáticas tiveram uma importante influência sobre o desenvolvimento das sociedades humanas", indicou o coordenador da pesquisa. Essa parte do estudo se transformou em um outro projeto, que ainda está em fase inicial.

Avanço tecnológico


Os resultados do Projeto Nazca-Palpa, financiado principalmente pelo governo alemão, foram apresentados durante o Congresso "A Cultura Nazca no Peru", realizado nos dias 14 e 15 de junho em Bonn, na Alemanha.

Durante a pesquisa, os arqueólogos documentaram a existência, numa área de 300 quilômetros quadrados, de 450 núcleos de povoamento, incluindo comunidades dos povos de Paracas, uma civilização que viveu na região entre 800 e 200 a.C. e antecedeu à de Nazca. Os pesquisadores elaboraram também uma cronologia quase completa do desenvolvimento das duas civilizações, com uma tolerância de exatidão de pouco anos.

Além disso, dezenas de tecnologias foram desenvolvidas para a realização desse projeto. Os cientistas criaram desde um novo procedimento de datação para superfícies de pedra e novas técnicas para medições geoelétricas tridimensionais até métodos paleogenéticos para determinar de que se alimentavam esses povos.

Apesar dos avanços, Reindel admite que os cinco anos de estudos foram insuficientes para o desenvolvimento de uma tecnologia que definisse com precisão quando foram realizadas as primeiras figuras. Atualmente, a única informação é que isso ocorreu em algum momento entre 1.800 e 200 a.C.

Oitenta anos de mistério

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Antes do Projeto Arqueológico Nazca-Palpa, haviam sido formuladas as mais diferentes explicações para a existência das linhas de Nazca: desde que eram calendários agrícolas até campos de pouso para naves de extraterrestres.  A região é estudada há cerca de 80 anos. Entretanto, esta é a primeira vez que os dados não são analisados isoladamente. A idéia do projeto, que ainda está em desenvolvimento, é a realização de uma documentação mais ampla e detalhada possível associada ao estudo dos núcleos de povoamento responsáveis pela elaboração dos desenhos. Para apresentar os resultados da pesquisa, foi criado em Palpa, cidade peruana localizada a 40 quilômetros do local das escavações, um museu que funciona desde 2004. (pk/vn)

Fonte: http://www.acasicos.com.br/html/figs_nazca.htm
http://br.geocities.com/lumini_enigmas/
http://www.cubbrasil.net/
http://www.dw-world.de